SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Qualquer movimento dos Estados Unidos para reconhecer Jerusalém como capital de Israel alimentaria o extremismo e a violência, disse o secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Aboul Gheit, no sábado (2).
Segundo a agência Reuters, uma autoridade de alto escalão do governo dos EUA afirmou que o presidente americano, Donald Trump, provavelmente reconhecerá Jerusalém como capital de Israel em anúncio na próxima semana.
Os palestinos querem que Jerusalém seja a capital do seu futuro Estado, e a comunidade internacional não reconhece a reivindicação de Israel em toda a cidade, que abriga locais sagrados para as religiões judaica, muçulmana e cristã.
Durante a campanha, Trump disse que a embaixada americana de Tel Aviv seria transferida para Jerusalém, mas a ideia vem sendo adiada. O reconhecimento da cidade como capital israelense seria uma forma de cumprir parte da promessa eleitoral.
O anúncio de Trump contraria as intenções de presidentes anteriores, que insistiram que o status de Jerusalém deveria ser decidido nas negociações de paz.
"Hoje, dizemos muito claramente que tomar tal ação não é justificado... Não servirá à paz ou à estabilidade, mas irá alimentar o extremismo e a violência ", disse Aboul Gheit em uma declaração publicada no site da Liga Árabe.
"Ele só beneficia um lado, o governo israelense, que é hostil à paz", acrescentou.
Oficialmente, porém, a Casa Branca nega que qualquer decisão já tenha sido tomada. A porta-voz da Presidência, Sarah Sanders, afirmou que um anúncio nesse sentido seria "prematuro".
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