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Municípios eliminam transmissão vertical do HIV

O município de Curitiba é o primeiro do país a eliminar completamente a transmissão vertical (da mãe para o filho) do vírus HIV no Brasil. Nesta sexta-feira (1º), Dia Mundial de Luta Contra a AIDS, a capital paranaense recebeu do Ministério da Saúde a cer

Da Redação

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Municípios eliminam transmissão vertical do HIV
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Escrito por Da Redação
Publicado em 02.12.2017, 17:36:00 Editado em 02.12.2017, 17:39:02
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O município de Curitiba é o primeiro do país a eliminar completamente a transmissão vertical (da mãe para o filho) do vírus HIV no Brasil. Nesta sexta-feira (1º), Dia Mundial de Luta Contra a AIDS, a capital paranaense recebeu do Ministério da Saúde a certificação oficial deste feito.

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“A luta contra o HIV deve ser constante. Graças ao trabalho realizado pelo Governo do Estado, com programas como a Rede Mãe Paranaense, os testes rápidos e as campanhas de conscientização, conseguimos atingir esta marca em dez municípios. O desafio é aumentar este resultado para todo o Estado”, afirmou a superintendente de Vigilância em Saúde, Julia Cordellini.

Além da capital paranaense, outros nove municípios paranaenses também receberão a certificação: Arapongas, Araucária, Cambé, Cascavel, Colombo, Guarapuava, Londrina, Paranaguá e Umuarama.

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No Estado, tanto os casos de HIV como de AIDS têm uma tendência de queda nos últimos três anos. O HIV (vírus da imunodeficiência humana) é o vírus que ataca o sistema imunológico e a AIDS (síndrome da imunodeficiência adquirida) é a doença instalada no organismo.

NÚMEROS - Em 2015, o Paraná teve 1.506 registros de HIV. No ano seguinte, o número baixou para 1.212, uma redução de aproximadamente 20%. Até junho de 2017, são 650 casos da presença do vírus. Já com a AIDS, foram 2.544 casos em 2015 e 2.372 em 2016. Este ano, os dados preliminares até junho mostram 1.590 ocorrências da doença no Paraná.

A faixa etária com maior número de casos de AIDS está entre os 30 e 39 anos, com 5.324 casos acumulados desde 2010. Com relação ao HIV, o maior número de casos ocorre em pessoas entre os 20 e 29 anos, com o registro de 5.420 casos. Em ambos, os homens são a maioria.

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“Nós esperamos que em um futuro próximo possamos certificar dezenas de outros municípios no Brasil, para assim garantir que nenhuma criança nasça com o vírus da AIDS. Parabéns a Curitiba e ao Paraná por se tornarem um exemplo ao país”, destacou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.

Os números de casos de HIV em gestantes também têm apresentado queda. Em 2015, o Paraná registrou 173 casos. Em 2016, foram 165. Até junho deste ano foram registrados 80 casos do HIV em gestantes no estado.

“É uma alegria muito grande. Desde a década de 90 estamos realizando a testagem do HIV no pré-natal das gestantes, algo que o Paraná foi pioneiro. Nos últimos três anos não registramos nenhum caso em Curitiba e fomos além da meta da Organização Mundial da Saúde, que era a de reduzir para 0,3% de casos”, enfatizou a secretária municipal de Saúde de Curitiba, Márcia Huçulak.

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AÇÕES – Outra ação da Secretaria da Saúde para celebrar a data foi a realização de testes rápidos para detecção do vírus e distribuição de preservativos e materiais educativos à população. A ação ocorreu na Praça Rui Barbosa, em Curitiba, em parceria com organizações não governamentais (ONGs).

Foram feitos testes orais, não invasivos, com a coleta de fluído da mucosa oral para detecção do vírus. Quem recebeu um resultado positivo pôde fazer um novo teste de comprovação, com coleta de sangue do dedo.

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“É muito importante fazer o teste. Como o próprio nome diz, ele é rápido e não dói nada. Muitas pessoas acabam nem sabendo que estão infectadas pelo vírus e, consequentemente, não buscam tratamento. Hoje, mais do que dizer se alguém tem o vírus ou não, estamos aqui orientando a população e oferecendo amor e carinho”, disse a presidente da Associação Fênix, Sandra Dolores de Paula Lima.

A nova campanha do Ministério da Saúde também vai pelo mesmo caminho. Intitulada ‘Vamos combinar’. Direcionada ao público jovem, a campanha aborda o uso de preservativos e a prevenção combinada como temas, além de estimular a procura do tratamento para quem tem o vírus.

“Em 2016, no Brasil, tivemos cerca de 830 mil pessoas vivendo com o HIV. Destas, 541 mil procuraram e receberam tratamento. Esse é um dos nossos maiores problemas. As pessoas fazem o teste, descobrem que estão doentes e não fazem nada para se tratar”, salientou o ministro da Saúde.

JOVENS – Segundo dados da UNICEF, nos últimos dez anos, a taxa de detecção de HIV entre jovens triplicou no Brasil. Uma das ações do Governo do Estado para minimizar este aumento são os Encontros Regionais de Protagonismo Juvenil na Prevenção das Doenças Sexualmente Transmissíveis.

Com a iniciativa, as Regionais de Saúde convidam jovens formadores de opinião para difundir a mensagem da proteção contra o HIV e orientar outros jovens sobre os perigos das doenças e como se prevenir.

“Os jovens precisam entender que a AIDS é uma doença séria, mas existem maneiras muito eficazes de se prevenir, como o uso de preservativos, por exemplo. E para fazer isso, nada melhor do que ouvir outro jovem”, afirmou a superintendente de Vigilância em Saúde, Júlia Cordellini.

Saiba mais sobre o trabalho do Governo do Estado em:http:///www.face

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