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Trump estuda reconhecer Jerusalém como capital de Israel

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O presidente dos Estados Unidos Donald Trump estuda reconhecer Jerusalém como a capital de Israel, medida que deve aumentar a tensão no Oriente Médio e que é criticada pelos palestinos. Quando era candidato a presidente, Trum

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 01.12.2017, 10:35:00 Editado em 01.12.2017, 10:35:06
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O presidente dos Estados Unidos Donald Trump estuda reconhecer Jerusalém como a capital de Israel, medida que deve aumentar a tensão no Oriente Médio e que é criticada pelos palestinos.

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Quando era candidato a presidente, Trump disse que mudaria a embaixada americana de Tel Aviv para Jerusalém, mas a ideia vem sendo adiada por seu governo. O reconhecimento da cidade como capital seria uma forma de cumprir parte da promessa de campanha.

O anúncio deve acontecer nas próximas semanas, após meses de discussões internas na Casa Branca, de acordo com a agência de notícias Associated Press e a rede de TV CNN.

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Fontes disseram aos dois veículos que Trump deu a confirmação para a medida nos últimos dias, apesar de algumas autoridades temerem que a decisão dificulte um acordo de paz entre israelenses e palestinos, que também reivindicam Jerusalém como sua capital.

O presidente estuda fazer um discurso na quarta-feira (6) com a decisão. Outra opção é que o vice, Mike Pence, faça o anúncio durante sua viagem para Israel em dezembro.

Pence declarou na última terça (28) que Trump estudava "quando e como" mudar a embaixada para Jerusalém. A expectativa é que a transferência seja adiada por pelo menos seis meses.

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Oficialmente a Casa Branca negou que qualquer decisão já tenha sido tomada. A porta-voz Sarah Sanders disse que qualquer anúncio nesse sentido seria "prematuro".

A mudança da embaixada e o reconhecimento de Jerusalém como capital podem dificultar os esforços de um acordo de paz liderados por Jared Kurshner, genro e assessor do presidente.

Uma lei de 1995 assinada pelo então presidente Bill Clinton, determina que a embaixada seja transferida de Tel Aviv para Jerusalém, mas abre uma brecha. A cada seis meses, o presidente pode assinar uma ordem adiando a decisão por um semestre por questões de segurança.

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Desde 1995, todos os presidentes assinaram a ordem para impedir a mudança, incluindo o próprio Trump em junho. Na ocasião, a Casa Branca disse que a transferência ainda era um objetivo para o futuro próximo.

O presidente tem até o fim do ano para assinar uma nova ordem para adiar a mudança mais uma vez e a expectativa é que ele faça isso na segunda-feira (4).

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Aliados americanos no Oriente Médio, como o rei Abudallah 2º bin Al-Hussein, da Jordânia, já pediram a Trump para que não altere a posição americana de que o reconhecimento de Jerusalém como capital depende de uma negociação entre Israel e palestinos.

A medida também encontra resistência entre conselheiros de Trump, incluindo os secretários de Estado, Rex Tillerson, e da Defesa, James Mattis.

Eles argumentam que uma possível transferência da embaixada possa aumentar as tensões contra os americanos na região, ameaçando a segurança dos diplomatas e das tropas militares em países árabes ou de maioria muçulmana.

Por isso, Trump teria decidido emitir a nova ordem adiando a transferência da embaixada por mais seis meses, ao mesmo tempo em que faria a declaração reconhecendo Jerusalém como a capital israelense.

Para evitar problemas diplomáticos, uma das possibilidades é que a Casa Branca também indique no anúncio que um futuro Estado Palestino tem direito de ter Jerusalém Oriental como sua capital.

Há ainda um desafio legal para a medida, já que o Conselho de Segurança da ONU não reconhece a soberania de Israel sobre Jerusalém.

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