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Protagonizada por bichos, 'Estrela de Belém' é bem óbvia e superficial

MARINA GALEANO SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Como soar inédita uma história que quase todo mundo sabe de cor e salteado, de trás pra frente, de frente pra trás? A animação "A Estrela de Belém" apostou numa mudança inusitada de perspectiva para recontar o n

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 30.11.2017, 10:10:00 Editado em 30.11.2017, 10:10:06
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MARINA GALEANO

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Como soar inédita uma história que quase todo mundo sabe de cor e salteado, de trás pra frente, de frente pra trás? A animação "A Estrela de Belém" apostou numa mudança inusitada de perspectiva para recontar o nascimento de Jesus Cristo.

Os principais personagens, valores e referências bíblicas estão presentes no filme dirigido por Timothy Reckart. Porém, desta vez, os protagonistas são os animais. É através do olhar deles que essa narrativa literalmente milenar ganha contornos diferentes na tela.

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A vida de Bo gira em círculos. O simpático burro de moinho passa dia e noite amassando diversos tipos de grãos. Cansado do marasmo, ele decide fugir em busca de novas aventuras, ao lado de seu fiel amigo Davi -um pássaro bastante espirituoso.

Depois de uma fuga alucinante, Bo encontra abrigo na morada dos recém-casados José e Maria, que, a essa altura, já carrega na barriga o filho de Deus (situação pedagogicamente explicada nas cenas iniciais).

A empatia entre Maria e o burrico de olhos expressivos é imediata. A partir daí, os dois se tornam companheiros inseparáveis, apesar das ressalvas de um mal-humorado José.

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Durante a jornada de Nazaré a Belém, uma chuva de bichos dá as caras para garantir o tom descontraído e engraçadinho à trama que desfia o primeiro Natal: a ovelha desgarrada Ruth, três camelos sabichões, uma dupla de cachorros malvados, além de outros incontáveis animais.

A estratégia até é válida. Existe um esforço notável no sentido de trazer a narrativa a contextos mais atuais e de evitar a atmosfera cerimoniosa e o didatismo exagerado que encharcam grande parte dos filmes religiosos.

Mas não o suficiente para fazer desse longa-metragem dos estúdios Sony uma produção marcante. Em nenhum aspecto, aliás.

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Do visual gráfico à trilha sonora -passando pela composição dos personagens e pela construção do roteiro-, as escolhas simples quase sempre desembocam no simplório. Tudo muito óbvio e superficial.

Talvez funcione para os interessados em apresentar a origem e o significado do Natal às crianças (bem) pequenas. Fora isso, "A Estrela de Belém" se resume a uma animação bobinha protagonizada por bichos carismáticos e atrapalhados, que servem de fio condutor de uma das histórias mais repetidas pela humanidade.

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A ESTRELA DE BELÉM (regular)

DIREÇÃO Timothy Reckart

PRODUÇÃO EUA, 2017, livre

QUANDO estreia nesta quinta (30)

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