GUSTAVO FIORATTI
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Entre a primeira temporada de "Habitar Habitat" (2013) e a segunda, que estreia nesta terça (28) no SescTV, abriu-se uma janela.
A primeira dava mais espaço às discussões sobre como os hábitos do brasileiro se refletem em tipos de construção. A arquitetura era elemento central: falou-se de apartamentos, das estruturas das favelas, da casa de fazenda, da casa de arquiteto.
Agora, explica o jornalista Paulo Markun, diretor da série ao lado do cineasta Sérgio Roizenblit, desdobram-se temas "mais sociológicos".
Entram em cena os modos de viver dos faroleiros, dos sem-terra, dos sem-teto. Refugiados, diz Markun, são os que mais buscam por segurança e mais temem a exposição -por isso, histórias como a de Sylvie foram as que mais exigiram da pré-produção.
No episódio que abre a série, sobre as comunidades quilombolas, de descendentes de negros fugidos da escravidão, a preservação da cultura é questão crucial.
"Saí com a impressão de que nem sempre o progresso melhora a vida. Embora seja melhor viver numa casa que tem energia, geladeira e ferro de passar, acho que quem vive na condição dos quilombolas está mais perto de ser feliz", pondera Markun.
"Por quanto tempo será possível preservar, com o avanço do progresso, essa forma de habitar?"
NA TV
Habitar Habitat
Quando terça (28), 22h, no SescTV
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