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Pronto-socorro adulto deve fechar, dizem médicos de hospital da USP

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Hospital Universitário da USP (Universidade de São Paulo) corre risco de fechar também seu pronto-socorro adulto -há dois dias, a instituição fechou sua unidade de pronto atendimento infantil. O motivo, descrito em comunica

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 23.11.2017, 16:00:00 Editado em 23.11.2017, 16:00:09
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Hospital Universitário da USP (Universidade de São Paulo) corre risco de fechar também seu pronto-socorro adulto -há dois dias, a instituição fechou sua unidade de pronto atendimento infantil.

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O motivo, descrito em comunicado enviado por clínicos médicos à administração do hospital no último dia 17, é o mesmo que determinou o fim da emergência do setor pediátrico: falta de pessoal.

De acordo com Gerson Salvador, diretor do Simesp (Sindicato dos Médicos de São Paulo) e clínico do hospital, há apenas um médico disponível para o pronto-socorro adulto durante a segunda metade do mês de dezembro. Com escala tão reduzida, o atendimento, hoje feito apenas por dois médicos, ficaria inviável.

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"Estamos no limite. Como cerca de 25% dos leitos de internação e 40% da UTI [Unidade de Terapia Intensiva] estão fechados, ficam até 20 pacientes em observação [no pronto-socorro] todos os dias e o médico ainda tem que atender quem chega na sala de emergência: muitos são casos de AVC, de infarto", afirma.

O hospital, que é uma unidade pública de referência na zona oeste de São Paulo e que serve como local de estudos de alunos da área da saúde, tem enfrentado um desligamento em massa de seus funcionários.

Com a alta adesão ao plano de demissão voluntária proposto pela USP em 2014 e a saída de médicos nos últimos anos devido à precarização das condições de trabalho, Salvador diz que o efetivo do hospital reduziu-se em cerca de 20%. "Só na clínica médica, tínhamos 74 profissionais e hoje temos 35".

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CRISE

O sucateamento da instituição motivou o início de uma greve de alunos de medicina universidade, algo que não acontecia desde os anos 1970. O movimento grevista já dura dez dias.

Na última terça-feira (21), a Secretaria Municipal de Saúde informou, por meio de nota, que paralisou as negociações para viabilizar um convênio com o hospital para direcionar médicos para o pronto-socorro da instituição.

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Segundo o órgão, em 31 de outubro foi encaminhada uma minuta de termo de convênio para a contratação de profissionais para a unidade. Contudo, "em 13 de novembro, durante reunião na sede do Cremesp, a pasta tomou ciência de uma proposta alternativa apresentada pelos médicos, estudantes e comunidade local. Além disso, nesta terça-feira (21) foi verificado que a unidade também está inscrito no Cadin [cadastro de devedores] municipal, o que impede novos repasses pelo município"

A opção de convênio com organizações sociais ou autarquias não é a preferida dos funcionários da universidade. "Assim se perde o interesse pela pesquisa e extensão, que é típico de um hospital universitário. Nossa reivindicação é a contratação de pessoal pela USP", diz Rosane Vieira, diretora do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP).

O sindicato organiza uma manifestação que ocorrerá amanhã, a partir das 10h, nos arredores da Cidade Universitária.

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