SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um atentado suicida a bomba matou ao menos 50 pessoas em uma mesquita no nordeste da Nigéria nesta terça-feira (21), em uma área que enfrenta a ameaça da milícia terrorista islâmica Boko Haram. O autor seria um adolescente, segundo a polícia local.
O ataque ocorreu na cidade de Mubi, no Estado de Adamawa, que já foi controlado pelo Boko Haram, expulso da região em 2015.
O ataque desta terça-feira é o maior na Nigéria desde que 56 pessoas foram mortas em dezembro de 2016 por duas garotas-bomba suicidas em uma feira.
O grupo costuma ter como alvo locais com grande concentração de pessoas, como mesquitas e feiras. É costume também usar adolescentes ou jovens mulheres como autoras dos ataques suicidas, algumas das quais haviam sido previamente sequestradas.
A campanha do Boko Haram já matou cerca de 20 mil pessoas desde 2009.
Nos últimos meses, os avanços do governo nigeriano contra o Boko Haram, como a recaptura de territórios e a conquista de bastiões dos extremistas, começaram a perder o ímpeto.
Agentes dos serviços de inteligência ocidentais dizem que os militantes estão recapturando territórios que haviam perdido.
Os Estados Unidos preparam a venda de US$ 500 milhões em aviões de ataque e outros equipamentos militares para a Nigéria, a fim de ajudar na luta contra os extremistas.
A situação humanitária na região é grave, com quase 2 milhões de refugiados espalhados por quatro países, em função do conflito contra o Boko Haram, alguns dos quais sem nenhum meio de subsistência.
SOMÁLIA
Os EUA realizaram nesta terça (21) um ataque aéreo na Somália contra o grupo Al-Shabaab, vinculado à rede Al Qaeda, matando mais de cem extremistas islâmicos, informou o comando americano para a África.
O bombardeio ocorreu a cerca de 200 km da capital somali, Mogadíscio.
Os EUA intensificaram suas operações militares na Somália nos últimos meses, com um crescente número de ataques de drones contra o Al Shabaab e outros grupos jihadistas.
O frágil governo central somali combate os extremistas com o apoio da comunidade internacional e de 22.000 homens da Força da União Africana.
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