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Presidente do Santander Cultural diz que mostra não incentivou pedofilia

ANGELA BOLDRINI BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Com a presença de apenas quatro senadores, a CPI dos Maus Tratos ouviu o depoimento do atual presidente do Santander Cultural, Marcos Madureira, para falar sobre a exposição "Queermuseu", cancelada pela institui

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 21.11.2017, 16:55:00 Editado em 21.11.2017, 16:55:12
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ANGELA BOLDRINI

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Com a presença de apenas quatro senadores, a CPI dos Maus Tratos ouviu o depoimento do atual presidente do Santander Cultural, Marcos Madureira, para falar sobre a exposição "Queermuseu", cancelada pela instituição após polêmica nas redes sociais.

A exposição "Queermuseu - Cartografias da Diferença na Arte Brasileira", com temática LGBT, estava em cartaz desde 15 de agosto no Santander Cultural em Porto Alegre e deveria permanecer no local até 8 de outubro, mas foi cancelada em setembro após pressão de grupos que a acusavam de apologia à pedofilia.

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Na sessão, o presidente da comissão, senador Magno Malta —que chamou em discurso no plenário a exposição de um "acinte à moral" e a acusou de apologia à pedofilia— questionou se o presidente levaria os filhos para a mostra e o interrompeu diversas vezes.

Madureira afirmou que a exposição foi cancelada devido a ameaças e disse que as obras retratadas não faziam apologia à pedofilia e a outros crimes.

"Sabe por que o sr. não me respondeu até agora? Porque não levaria os seus filhos", disse. Malta aproveitou a comissão para fazer novas críticas à exposição, que afirmou conter obras com "cristofobia, católicofobia, evangélicofobia e familiofobia".

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Não estava presente na sessão o relator da CPI, senador José Medeiros (PODE-MT). Apenas os senadores Humberto Costa (PT-PE), Eduardo Amorim (PSDB-SE) e Flexa Ribeiro (PSDB-PA) ouviram o depoimento.

Madureira afirmou que a exposição recebeu 27 mil pessoas, e que um "pequeno grupo de pessoas" que gravou vídeo com parte da exposição passou uma visão "totalmente distorcida" de seu conteúdo.

A seleção contava com 270 obras que tratavam de questões de gênero e diferença. Os trabalhos, em diferentes formatos, abordam a temática sexual de formas distintas, por vezes abstratas, noutras mais explícitas. São assinados por 85 artistas, como Adriana Varejão, Cândido Portinari, Lygia Clark, Yuri Firmesa e Leonilson.

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Após o depoimento, Magno Malta fechou a sessão para a oitiva do depoimento do ex-presidente da instituição, Sérgio Rial, que comandava o Santander Cultural à época da exposição.

Ainda deve ser ouvido pela CPI o curador da exposição, Gaudêncio Fidélis.

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