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Esquerda argentina reclama de ajuda britânica em busca por submarino

SYLVIA COLOMBO, ENVIADA ESPECIAL SANTIAGO, CHILE (FOLHAPRESS) - A comoção pelo desaparecimento do submarino argentino ARA San Juan não amenizou alguns ânimos na Argentina com relação aos habitantes das ilhas Falklands/Malvinas, que pertencem aos ingleses

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 21.11.2017, 12:30:00 Editado em 21.11.2017, 12:30:10
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SYLVIA COLOMBO, ENVIADA ESPECIAL

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SANTIAGO, CHILE (FOLHAPRESS) - A comoção pelo desaparecimento do submarino argentino ARA San Juan não amenizou alguns ânimos na Argentina com relação aos habitantes das ilhas Falklands/Malvinas, que pertencem aos ingleses, mas cuja soberania é reivindicada pelo Estado argentino.

Líderes de esquerda e de organizações sociais kirchneristas criticaram a colaboração do Reino Unido, que vem enviando ajuda às buscas por meio de embarcações e aviões estacionados na base militar que os britânicos mantêm no arquipélago.

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Assim que o navio britânico HMS Protector deixou as ilhas para integrar-se à missão de resgate, o deputado argentino Gabriel Solano (Frente de Esquerda ) postou nas redes sociais: "São tropas de ocupação do território argentino".

Os moradores da ilha responderam por meio de sua conta oficial: "Boludo" (estúpido). Solano respondeu, também por meio das redes: "Fuck you" (foda-se), ao que os islenhos também contestaram: "pobrecito" (pobrezinho).

Já o líder da organização de squerda Quebracho, Fernando Esteche, também se posicionou contra a ajuda britânica por razões políticas: "São piratas hoje e sempre. No passado, afundaram o Belgrano (embarcação argentina com 500 soldados, abatida durante a Guerra das Malvinas, em 1982) e hoje temos argentinos agradecendo que eles colaborem na busca pelo ARA San Juan. Que não esperem nada em troca porque seguem ocupando nossas ilhas."

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A Esteche, os islenhos responderam: "A Marinha Real está buscando marinheiros argentinos desaparecidos e é isso que você posta?".

Em conversa com a reportagem, por telefone, o historiador e jornalista John Fowler, que teve sua casa bombardeada durante o conflito de 1982, crê que, "infelizmente, essa ajuda aos argentinos não irá curar as feridas da guerra, ainda latentes".

Porém, ressaltou que a população das ilhas vem expressando "simpatia pela tripulação do submarino e suas famílias e espera sinceramente que ele seja resgatado. Seu drama é humano e isso nos comove e transcende outras considerações."

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Fowler crê que os moradores das Falklands não têm problemas "com os argentinos, mas com governos e políticos da Argentina que seguem reivindicando a soberania das ilhas".

E acrescentou que segue existindo desconfiança mesmo quando estes têm atitudes simpáticas ou demonstram querer aproximar-se. "No fundo todos pensamos que escondem uma agenda política, que é reclamar as ilhas."

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