SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O jornalista Roberto Kovalik, 52, se tornou nos últimos dias mais um nome cotado para substituir William Waack na bancada do "Jornal da Globo".
Além dele, outros nomes para a bancada são o de Heraldo Pereira (Brasília) e o da jornalista Renata Lo Prete, substituta oficial de Waack e apresentadora do "Jornal das Dez", da GloboNews.
Ex-correspondente da Globo em Tóquio, Nova York e Londres, Kovalick recebeu convite da GloboNews para estrear um novo programa solo no canal noticioso a partir de 2018. A informação é do colunista Ricardo Feltrin, do UOL.
Kovalik é o substituto de Carlos Tramontina no "SPTV2" e também é cotado para assumir o comando do "Jornal das Dez", caso Renata Lo Prete vire âncora do "Jornal da Globo". Ainda não se sabe qual será o destino de William Waack na Globo.
CASO WILLIAM WAACK
O apresentador William Waack foi afastado de suas funções e acusado de racismo após o vazamento do vídeo no qual aparece dizendo que o barulho de uma buzina é "coisa de preto". O vídeo foi divulgado em um grupo de WhatsApp de editores de TV antes de chegar à web.
O jornalista aparece no vídeo antes de uma entrevista com Paulo Sotero, diretor do Brazil Institute, do Wilson Center, num estúdio em frente à Casa Branca, nos EUA . Em comunicado enviado à reportagem, Sotero disse que não se lembra da cena e condenou racismo.
Uma perícia privada contratada pelo jornal Folha de S.Paulo concluiu que Waack, de fato, disse "coisa de preto". O laudo foi elaborado pelo IBP (Instituto Brasileiro de Peritos)
Em nota, a Globo afirmou que é "visceralmente contra o racismo em todas as suas formas e manifestações e que nenhuma circunstância pode servir de atenuante. No mesmo comunicado, Waack diz não se lembrar do que disse, mas "pede sinceras desculpas àqueles que se sentiram ultrajados pela situação."
OUTROS CASOS
Em setembro, o apresentador do "Jornal da Band", Boris Casoy, indenizou o gari José Domingos de Melo, que o processou em 2010 por se sentir ofendido após um comentário do jornalista.
Melo apareceu em uma vinheta desejando "Feliz Natal", mas uma falha técnica levou ao ar o áudio de Boris dizendo: "Que merda, dois lixeiros desejando felicidades do alto das suas vassouras. O mais baixo na escala do trabalho".
Em 2005, o apresentador do "Jornal Nacional", William Bonner, disse que o telespectador médio do telejornal lembra Homer Simpson, pai folgado e bonachão do desenho "Os Simpsons". A comparação foi ouvida por nove professores universitários que visitavam os estúdios da Globo.
Bonner se desculpou afirmando que usou o exemplo do personagem Homer, "pois ele representa um pai de família, um trabalhador conservador, sem curso superior, que após uma jornada de trabalho, quer ter acesso às notícias mais relevantes do dia de forma clara e objetiva".
Em 1998, durante a exibição de uma reportagem sobre o Ballet Kirov no programa "Fantástico", Pedro Bial, então apresentador do programa, deixou escapar um "isso é coisa de veado".
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