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Dia Nacional da Consciência Negra mobiliza escolas estaduais

Direitos humanos, preconceito, reconhecimentos histórico e cultural e apresentações artísticas marcaram as atividades do Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado no Paraná nesta segunda-feira (20). Para marcar a data, as escolas da rede estadual de en

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 20.11.2017, 16:21:00 Editado em 20.11.2017, 16:22:31
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Direitos humanos, preconceito, reconhecimentos histórico e cultural e apresentações artísticas marcaram as atividades do Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado no Paraná nesta segunda-feira (20). Para marcar a data, as escolas da rede estadual de ensino desenvolvem, ao longo deste mês, diversas atividades interdisciplinares com o tema da igualdade etnicorracial.

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A coordenadora da Educação das Relações da Diversidade Etnicorracial da Secretaria de Estado da Educação, Edna Aparecida Coqueiro, lembrou que as atividades de conscientização e igualdade etnicorracial são trabalhadas durante todo o ano letivo pelas equipes multidisciplinares das escolas. “A data é um marco para lembrar a luta pelo reconhecimento da participação do povo negro na construção da sociedade brasileira uma vez que a conscientização é trabalhada durante todo o ano de maneira interdisciplinar inseridas no cotidiano escolar”, disse.

Edna lembrou ainda a importância das atividades desenvolvidas pelo Departamento da Diversidade (Dedi), por meio da Coordenação da Educação das Relações da Diversidade Etnicorracial (Cerde), e equipes multidisciplinares das escolas e núcleos de educação. “Esse trabalho fortalece ações nas escolas de combate ao preconceito em todas suas vertentes que refletem em toda a comunidade”, disse.

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No Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP) de Curitiba, no bairro Boqueirão, os alunos do 1° ano dos cursos técnicos em Edificações e Química e do 4° ano do curso de Meio Ambiente promovem nessa semana a exposição fotográfica “Consciência negra... É entender a sua história... Humanos... Sendo Escravizados”. A composição do trabalho durou um mês e reúne fotografias que abordam a questão do racismo contra pessoas negras inseridas no cotidiano.

“Com essa temática nós podemos conscientizar muitas pessoas, não só os estudantes, ou quem passa pela escola, mas a comunidade como um todo, porque sabemos que ainda existem casos de discriminação contra o povo negro inserido no nosso cotidiano”, disse o estudante Wesley Matheus Brnardes da Silva, 19 anos, do 4° ano do curso de meio ambiente.

Além das fotografias, os alunos também traçaram um pequeno perfil de personagens negros que marcaram a história da humanidade como Martin Luther King, Malcon X, Maria Filipa de Oliveira e Carolina Maria de Jesus. “São personagens históricos que marcaram suas épocas lutando por igualdade”, disse o aluno Lucas Satto Shiromaro, 17 anos, também do 4° ano do curso de meio ambiente.

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DIREITOS HUMANOS – No Colégio Estadual Euzébio da Mota, também no bairro Boqueirão, os estudantes do 1° e 2° ano do ensino médio fizeram uma pintura retratando uma mulher negra e uma mulher indígena. A obra, feita no pátio da escola, tem como objetivo mostrar a riqueza etnicorracial no Brasil, inserir a imagem da mulher negra no cotidiano escolar e promover a reflexão sobre a misoginia.

“Com essa obra queremos abordar vários assuntos como o assédio, a falta de oportunidade e o preconceito enfrentado pela mulher negra em nossa sociedade. Historicamente a mulher negra não teve um destaque merecido, por isso a importância de ter essa imagem para lembrar e reforçar a importância da mulher negra”, contou a estudante Isabella Kiel, 14 anos, do 2° ano do ensino médio.

Os estudantes também fizeram uma série de pinturas no pátio com frases que reforçam direitos fundamentais de igualdade e combate à discriminação. “São frases curtas feitas no pátio, que no intervalo fica cheio, para causar impacto e reflexão nas pessoas que passam por aqui”, disse o aluno André Ian Garcia, do 2° ano do ensino médio.

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No Oeste do Estado, os alunos do Colégio Estadual de Jardim Santa Felicidade, em Cascavel, fizeram ao longo do dia apresentações culturais de peças teatrais, dança, poesia, contação de histórias e música. As atividades tiveram como objetivo contribuir para a reflexão e formação cultural dos alunos, além de resgatar e fortalecer aspectos da cultura africana e afro-brasileira.

ONU - As atividades desenvolvidas nas escolas estaduais fazem parte da programação da Década Internacional de Afrodescendentes (2015 – 2024), que acontece em todo planeta e tem como objetivo promover o respeito, justiça, proteção e a garantia dos direitos humanos aos povos afrodescendentes previstos na Declaração dos Direitos Humanos das Nações Unidas.

“É fundamental intensificar o debate e a efetivação de políticas públicas e ações afirmativas para a superação do racismo que excluem ou anulam os direitos da população negra. Precisamos romper com essa prática, seja na mentalidade e no posicionamento pessoal, como também, nas estruturas organizacionais da sociedade”, destacou Edna.

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