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Venezuela e PDVSA entraram em 'default', dizem credores

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um comitê da Isda (Associação Internacional de Swaps e Derivativos, na sigla em inglês) disse nesta quinta-feira (16) que o governo da Venezuela e a estatal de petróleo PDVSA deixaram de pagar uma dívida. O comitê da Isda apr

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 17.11.2017, 09:55:00 Editado em 17.11.2017, 09:55:13
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um comitê da Isda (Associação Internacional de Swaps e Derivativos, na sigla em inglês) disse nesta quinta-feira (16) que o governo da Venezuela e a estatal de petróleo PDVSA deixaram de pagar uma dívida.

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O comitê da Isda aprovou por unanimidade que houve um "evento de crédito" ao avaliar de maneira combinada as consultas feitas por credores nas últimas semanas, uma vez que não receberam no prazo estabelecido os pagamentos de juros e de capital de papéis emitidos pelo país e pela empresa petroleira.

A decisão do comitê permite ativar a cobrança dos CDS (Credit Default Swaps, espécie de seguro que investidores compram contra a possibilidade de não-pagamento) da PDVSA e da Venezuela.

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Os contratos de CDS alcançam um valor líquido de cerca de US$ 250 milhões no caso da PDVSA, segundo a empresa DTCC. No caso do país, o valor chega a US$ 1,3 bilhão.

A decisão, entretanto, não tem grande impacto sobre os bônus emitidos pela Venezuela e sua petroleira que estão em circulação e alcançam US$ 60 bilhões, segundo analistas.

"Se o governo seguir pagando, ainda que atrasado, não creio que haverá muito impacto para os detentores de bônus", disse o diretor de investimento da RVX Asset Management Ray Zucaro.

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Da noite de segunda (13) à tarde de terça-feira (14), ao menos três agências de risco -Standard & Poors, Moody's e Fitch- decretaram um "default seletivo" -calote parcial- nos papéis emitidos pelo país ou pela PDVSA.

Depois de anos tentando pagar os juros de sua dívida externa em meio a uma grave crise de desabastecimento de alimentos, remédios e insumos básicos, a Venezuela vem enfrentando dificuldades para honrar seus compromissos.

Na quarta-feira (15), o país obteve um impulso financeiro da Rússia, um dos seus principais credores.

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Caracas e Moscou assinaram um acordo que reestrutura a dívida venezuelana, permitindo que o regime de Nicolás Maduro pague US$ 3,15 bilhões à Rússia em um período de dez anos, afirmou o Ministério das Finanças russo. Os pagamentos serão mínimos nos primeiros seis anos, de acordo com Moscou.

Com reservas internacionais de US$ 9,68 bilhões, a Venezuela deve quitar até o fim do ano cerca de US$ 1,47 bilhão. E, para 2018, tem obrigações de mais de US$ 8 bilhões.

"Somos bons pagadores, apesar do que dizem as agências de rating, o departamento do Tesouro [americano], a União Europeia e Donald Trump", defendeu-se na terça-feira (14) o ministro da Comunicação venezuelano, Jorge Rodriguez.

"Não estamos nem aí, pagaremos de comum acordo com os titulares dos bônus da dívida", acrescentou Rodriguez, esperançoso quanto às negociações com os credores sobre a reestruturação da dívida.

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