SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Bill de Blasio foi reeleito como prefeito de Nova York na noite desta terça-feira (7). O prefeito foi o primeiro político do partido democrata reeleito na cidade desde Edward Koch em 1985.
O democrata, que ignorou acenos de milionários em seus primeiros quatro anos no comando da maior metrópole americana, recebeu 66,1% dos votos. Já a sua rival republicana, Nicole Malliotakis, havia recebido 28,1% dos votos, após a apuração de 97% das urnas, segundo a imprensa local.
De Blasio, que afirmou que sua reeleição "envia uma mensagem à Casa Branca", aproveitou sua campanha -e seu discurso de vitória- para fazer uma espécie de manifesto anti-Trump.
"Se você se volta contra os valores de sua cidade natal, sua cidade resistirá", disse De Blasio em referência ao presidente, nascido na metrópole, diante de simpatizantes reunidos no Brooklyn Museum. Às vésperas da eleição, o democrata levou ao palanque nomes fortes de sua legenda, como os senadores Bernie Sanders e Elizabeth Warren, possíveis presidenciáveis em 2020 depois do naufrágio de Hillary Clinton.
Sua estratégia foi fazer de Nova York um reduto de resistência às políticas anti-imigração de Trump. Ele se aproveitou, aliás, no ódio ao presidente, que amarga os piores índices de aprovação de um ocupante da Casa Branca no fim do primeiro ano de mandato: 59% rejeitam o republicano.
Em defesa de sua agenda progressista, o prefeito comprou brigas com a polícia, que criticava pela abordagem agressiva a suspeitos, em especial a negros, e conseguiu baixar a criminalidade.
Ele ainda deu benefícios a trabalhadores, como remuneração durante afastamentos por motivos de saúde, garantiu acesso à pré-escola a todos os alunos da rede pública e se esforçou para ampliar a oferta de moradia subsidiada aos mais pobres, embora o número de sem-teto na cidade tenha aumentado.
Deixe seu comentário sobre: "Democrata, Bill de Blasio é reeleito em Nova York"