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Estatais russas financiaram investimento no Facebook e no Twitter

Empresas estatais russas financiaram investimentos no Facebook e no Twitter através de um investidor que é sócio do genro de Donald Trump. Segundo as informações divulgadas pela imprensa internacional, o dinheiro das estatais russas VTB Bank e Gazprom f

Da Redação

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Estatais russas financiaram investimento no Facebook e no Twitter
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Escrito por Da Redação
Publicado em 05.11.2017, 18:25:00 Editado em 05.11.2017, 18:34:09
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Empresas estatais russas financiaram investimentos no Facebook e no Twitter através de um investidor que é sócio do genro de Donald Trump.

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Segundo as informações divulgadas pela imprensa internacional, o dinheiro das estatais russas VTB Bank e Gazprom foi usado para comprar ações das duas gigantes de tecnologia americana entre 2009 e 2011.

Nos dois casos, o dinheiro passou por empresas ligadas ao empresário russo Yuri Milner antes de chegar ao Twitter e ao Facebook. As ações já foram vendidas e não estão mais nas mão das empresas ligadas ao Kremlin.

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Milner, um investidor especializado no Vale do Silício, já participou de um comitê de inovação da presidência russa.

Ele também investiu na start-up americana Cadre, que tem como sócio-fundador Jared Kurshner, genro de Donald Trump e conselheiro da Casa Branca.

A revelação de que dinheiro ligado ao Kremlin foi usado para a compra de ações das empresas de tecnologia acontece no momento que os Estados Unidos investigam a interferência russa na eleição presidencial de 2016.

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Entre os principais pontos do caso está a compra de anúncios e a criação de perfis falsos no Twitter e no Facebook por hackers russos para interferir na votação e ajudar Trump.

Os investimentos russos nas duas empresas foram liquidados antes do início da campanha eleitoral americanas.

As informações foram divulgada neste domingo (5) por uma coalizão internacional de jornalistas, que teve acesso as informações de líderes políticos, empresários e celebridades ligados a uma empresas offshore.

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Os dados foram vazados por uma fonte anônima para o jornal alemão "Süddeutsche Zeitung", que compartilhou as informações com o ICIJ (Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos) e quase cem veículos de comunicação no mundo, entre eles o jornal americano "New York Times" e o britânico "Guardian", em uma série chamada "Paradise Papers".

A maior parte dos 13,4 milhões de arquivos divulgados é da Appleby, empresa especializada na criação de offshores.

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INVESTIMENTO

A informação de que Milner tinha investido nas empresas já era de conhecimento público, mas não se sabia que parte da verba usada vinha de estatais russas. Ele chegou a ter sob seu controle 5% do Twitter e 8% do Facebook -atualmente ele não tem mais dinheiro investido nas companhias.

Nos dois casos, o dinheiro chegou às empresas americanas através da DST Global, fundo de investimento controlado por Milner.

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O VTB -segundo maior banco do país- pagou US$ 191 milhões (R$ 630 milhões) para a DST Investiments 3, que investiu o valor em papéis do Twitter.

Já uma subsidiária da Gazprom emprestou US$ 920 milhões (R$ 3 bilhões) para a Kanton, empresa dona da DST USA II. Esta última, por sua vez, comprou cerca de 78 milhões ações do Facebook.

Tanto a DST Investiments 3 quanto a DST USA II são ligadas ao DST Global, controlado por Milner.

A Kanton é ligada, por sua vez, ao oligarca russo russo-uzbeque Alisher Usmanov, que é próximo de Dmitri Medvedev , atual premiê, ex-presidente russo (2008-2012) e um dos principais aliados de Vladimir Putin.

O Facebook e o Twiiter disseram ao "Guardian" que os investimentos de Milner já foram encerrados e que elas não tinham conhecimento que a verba tinha origem no Kremlin.

O VTB e a Gazprom afirmaram que os investimentos eram oportunidades de negócios que geraram lucro. Ao "New York Times", Milner foi pelo mesmo caminho e disse que o investimentos "não eram mais do que negócios".

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