MAIS LIDAS
VER TODOS

Cotidiano

Reforma Trabalhista gera incertezas

Com a proposta de modernizar as relações de trabalho, a Reforma Trabalhista, aprovada em julho deste ano pelo Congresso Nacional, passa a nortear as relações entre empregadores e empregados a partir do dia 11, data determinada inicialmente cairá num sábad

Da Redação

·
Edson Carlos Pereira: “Muitas propostas vão prevalecer e outras serão refugadas pelo Judiciário” | Foto: Sérgio Rodrigo
Icone Camera Foto por Reprodução
Edson Carlos Pereira: “Muitas propostas vão prevalecer e outras serão refugadas pelo Judiciário” | Foto: Sérgio Rodrigo
Escrito por Da Redação
Publicado em 05.11.2017, 15:53:00 Editado em 05.11.2017, 15:57:00
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

Com a proposta de modernizar as relações de trabalho, a Reforma Trabalhista, aprovada em julho deste ano pelo Congresso Nacional, passa a nortear as relações entre empregadores e empregados a partir do dia 11, data determinada inicialmente cairá num sábado. A  uma semana dos novos dispositivos passarem a valer, empresários, advogados e a própria Justiça do Trabalho têm expectativas e visões diferentes sobre o assunto. Para se adaptar à nova legislação, cursos são promovidos por entidades de classe, com a finalidade de esclarecer os principais pontos.

continua após publicidade

Amanhã, por exemplo, a Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), de Apucarana, inicia um ciclo de palestras exclusivamente para advogados com o juiz-titular da 2ª Vara do Trabalho de Apucarana. Maurício Mazur. “A Reforma Trabalhista é uma matéria que ainda não se pacificou. Têm muitas divergências sobre essa nova legislação, por isso, vamos fazer esse ciclo de palestras para discutir os novos dispositivos”, diz o presidente da OAB, de Apucarana, advogado Carlos Antônio Stoppa.

O advogado, especialista em Direito Empresarial e Trabalhista, Edson Carlos Pereira, de Apucarana, também observa que vários empresários têm buscado se atualizar sobre as mudanças, que entrarão em vigor. Porém, um consenso sobre o que realmente entrará em vigor ou não está longe de ser definido, uma vez que a Reforma Trabalhista tem gerado entendimento e expectativa diferentes entre o empresariado, trabalhadores e o próprio Judiciário. 

continua após publicidade

“Por enquanto, a Reforma Trabalhista é expectativa. Na prática, vamos precisar esperar para ver como irá se comportar o Judiciário, porque já tem se pronunciado que considera alguns dispositivos inconstitucionais”, diz.

“A Reforma Trabalhista ainda é uma incógnita. Muitas propostas vão prevalecer e outras serão refugadas pelo Judiciário. No entanto, não dá para especificar quais dispositivos serão validados e quais serão descartados, porque seria adivinhação ”, defende o advogado. Entretanto, ele arrisca que as mudanças que vierem a causar prejuízos aos funcionários serão analisadas com maior rigor pelo Judiciário.Para Pereira, as discussões entre empregadores, empregados e Judiciário vão se estender pelos próximos anos. 

“O que vai delinear essas questões vai ser a jurisprudência futura”, acredita. Entretanto, ele defende que alguns pontos são positivos para ambas as partes, porém será preciso dar espaço para o equilíbrio entre as relações de trabalho. “Para isso, precisa haver uma conscientização dos empresários e também dos colaboradores. Um olhar justo será o melhor para todos”, diz.

continua após publicidade

INSEGURANÇA
O também advogado, especialista em Direito Trabalhista, Elvio de Freitas Leonardi, de Apucarana, entende que a transição da Consolidação das Leis de Trabalho (CLT) para os novos dispositivos apresentados pela Reforma Trabalhista será permeada por muitos debates. 

“O próprio Judiciário já sinalizou que a aplicação de alguns dispositivos seria inconstitucional. Diante disso, não podemos esperar uma aplicação integral da nova legislação”, sublinha.Na avaliação de Leonardi, apesar de necessária, a Reforma Trabalhista não aconteceu no momento oportuno. 

“O momento atual é de muita instabilidade política. E, além disso, com tantas divergências, a Reforma Trabalhista poderá gerar ainda mais insegurança jurídica, aumentado o número de ações trabalhistas”, assinala.“Acredito que vai demorar entre um a três anos para pacificar os principais pontos da Reforma Trabalhista” diz. Aliás, somente o fim da contribuição sindical obrigatória é vista de forma positiva por todos os especialistas ouvidos pela Tribuna.

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Cotidiano

    Deixe seu comentário sobre: " Reforma Trabalhista gera incertezas"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!