SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Dá para imaginar que o terrorista Osama bin Laden assistia a filmes infantis, como "Carros" e "Formiguinhaz", ou ainda que fazia crochê com vídeo publicado por uma brasileira? Agora dá.
Isso porque a CIA (Agência Central de Inteligência dos EUA) acaba de divulgar ao público 470 mil arquivos coletados na invasão de maio de 2011 na mansão em que o terrorista vivia em Abbottabad, no Paquistão --parte do material encontrado na ocasião já tinha sido divulgada.
"A divulgação de hoje das cartas, vídeos, arquivos de áudio e outros materiais coletados da Al Qaeda oferece a oportunidade para o povo americano obter mais informações sobre os planos e o funcionamento desta organização terrorista", disse o diretor da CIA, Mike Pompeo.
O material inclui 79 mil arquivos de áudio e imagens com discursos políticos, ensaios e fotos da Al Qaeda.
Outros 10 mil arquivos são vídeos, que, além dos filmes infantis e aulas de crochê, reúnem esboços de declarações de Bin Laden e propaganda jihadista. E há ainda vídeos populares na internet com bebês e gatos.
O material revela também detalhes sobre a origem da fissura entre a Al Qaeda e o Estado Islâmico, com divergências estratégicas e religiosas. E há ainda as primeiras imagens de Hamza bin Laden, filho e herdeiro de Osama, como adulto.
A maior parte dos arquivos está em árabe e sofreu modificação apenas para impedir edições no original.
Entre os 18 mil arquivos de texto, uma das grandes descobertas foi o diário de Osama e documentos nos quais o terrorista comemora os dez anos do 11 de Setembro e relata esforços para mudar a visão negativa que a Al Qaeda tem no mundo e especificamente entre muçulmanos.
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