SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Na véspera do centenário da Declaração Balfour -marco na criação de um Estado judeu-, os palestinos realizaram nesta quarta-feira (1º) um protesto na Cisjordânia, enquanto Israel se prepara para celebrar o tema.
No documento de 1917, o então chefe da diplomacia britânica, Arthur James Balfour, anuncia o apoio do país à criação de um Estado judeu na região da Palestina -na época controlada pelo Império Turco-Otomano.
A mensagem foi dirigida a Lionel Walter Rotschild, o líder da comunidade judaica britânica.
Assim, a declaração é vista pelos judeus como a primeira vitória diplomática no processo que levou à criação de Israel 30 anos depois, em 1947.
Para celebrar os 100 anos do documento, o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, vai participar nesta quinta-feira (2) de um jantar de gala em Londres ao lado da premiê britânica, Theresa May,
E a comemoração vai prosseguir na próxima semana, com uma sessão solene do Parlamento em Jerusalém em homenagem ao documento.
Já os palestinos marcaram uma série de manifestações para pedirem que o governo britânico peça desculpas pela declaração.
Nesta quarta (1º), um protesto convocada pelo artista e ativista Banksy aconteceu em Belém, na Cisjordânia, segundo o jornal inglês "The Guardian".
O ato, que Banksy chamou de uma "festa de rua", satirizou o jantar de gala. O artista revelou ainda uma nova obra sua, que mostra a rainha Elizabeth 2ª pedindo desculpas aos palestinos pela declaração.
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