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Atropelador mata ao menos 8 em Nova York; FBI trata como terrorismo

SILAS MARTÍ NOVA YORK, EUA (FOLHAPRESS) - Um homem dirigindo uma caminhonete alugada invadiu uma ciclovia, atropelou pedestres e ciclistas e matou ao menos oito pessoas na tarde desta terça-feira (31) em Nova York antes de ser alvejado por um policial e d

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 31.10.2017, 22:40:00 Editado em 31.10.2017, 22:40:05
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SILAS MARTÍ

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NOVA YORK, EUA (FOLHAPRESS) - Um homem dirigindo uma caminhonete alugada invadiu uma ciclovia, atropelou pedestres e ciclistas e matou ao menos oito pessoas na tarde desta terça-feira (31) em Nova York antes de ser alvejado por um policial e detido.

O sul de Manhattan, onde o ataque ocorreu, abriga a prefeitura de Nova York, o distrito financeiro e o memorial do World Trade Center, que marca o local dos atentados do 11 de Setembro.

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O FBI (a polícia federal americana) e o governo local tratam o caso como um ato terrorista —o mais letal na cidade desde 2001.

O atropelamento aconteceu em uma ciclovia na rua West, que corre em paralelo ao parque na margem do rio Hudson, perto da rua Chambers e diante de uma escola.

Segundo a imprensa americana, o suspeito é o uzbeque Sayfullo Saipov, 29, que se mudou para os EUA em 2010. Ele tem uma carteira de motorista de Tampa, na Flórida, e já morou na cidade, assim como em Paterson, Nova Jersey. Não está claro ainda onde ele vive atualmente.

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De acordo com o jornal "The New York Times", ele tem um Green Card e vive legalmente no país. A publicação diz que a polícia encontrou anotações no qual Saipov teria jurado lealdade ao Estado Islâmico.

As autoridades não confirmaram a identidade ou a nacionalidade do suspeito e não comentaram uma possível ligação entre ele e grupos terroristas.

"É um dia muito doloroso em nossa cidade. Com base nas informações que temos até este momento, foi um ato terrorista, um ato covarde de terror. Sabemos que esse foi um ato para abalar nosso espírito, mas nós, nova-iorquinos, somos resilientes", disse o prefeito Bill DeBlasio, democrata, lembrando que o ataque ocorreu a poucas centenas de metros do local do 11 de Setembro.

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Segundo as autoridades, seis pessoas morreram no local e outras duas no hospital. Além delas, há pelo menos 11 feridos, mas o número pode aumentar.

Ele carregava uma arma de ar-comprimido que dispara chumbinho e outra de paintball. Depois de ser alvejado, ele foi detido. A caminhonete foi alugada na Home Depot, uma loja de utilidades domésticas, em Nova Jersey.

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Ele está sob custódia e alugou o veículo no Home Depot, uma loja de utilidades domésticas, em Nova Jersey.

As autoridades disseram que não vão divulgar o nome do suspeito no momento. De acordo com o jornal "The New York Times", após sair do carro, o homem gritou a frase "Allahu Akbar" (Deus é grande, em árabe). Testemunhas, porém, dão versões distintas para o grito.

"Não faz sentido ele ter dito isso. Não ouvi nada", disse à reportagem o estudante Mohamed Hamsa, testemunha do atentado. "Vi ele andando no meio da rua com sua arma na mão muito tranquilo, como se não tivesse feito nada."

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Para o governador de Nova York, Andrew Cuomo, não há, no momento, informações de que se trate de um plano terrorista mais amplo. "Sabemos que Nova York é um símbolo da democracia e da liberdade", disse Cuomo sobre o fato de a cidade ser atingida novamente. "Não vamos deixá-los vencer. Continuaremos com nossas vidas, não há uma ameaça corrente. Não há razão para ansiedade. Vocês verão um aumento das forças de segurança,"

"Não deixem os terroristas mudarem suas vidas de nenhuma forma", disse ele durante uma entrevista coletiva sobre o caso.

O presidente americano, Donald Trump, comentou o caso em sua conta em uma rede social. "Em NYC [Cidade de Nova York], parece ter ocorrido mais um ataque por uma pessoa doente e perigosa. As forças de segurança estão seguindo o caso de perto. NÃO NOS EUA!"

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"Nós não podemos permitir que o Isis [Estado Islâmico] retorne ou entre no nosso país depois de derrotá-lo no Oriente Médio e em Outros Lugares. Chega!".

Não há nenhuma informação oficial que ligue o grupo ao ataque.

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Em nota, o Departamento de Segurança Doméstica disse que trabalha com o FBI e com a polícia de Nova York na investigação e que "permanece vigilante e comprometido com a segurança dos americanos."

TESTEMUNHAS

"Tinha visto o caminhão. Não era alguém fugindo do trânsito. Sabia que era terrorismo. Vi os dois corpos. [As vítimas] Morreram na hora. Estavam no chão. Eram dois ciclistas, e a picape atropelou as pessoas ali mesmo, do lado da ciclovia que vai margeando a água", disse Eugene Duffy, chef de um restaurante próximo a onde aconteceu o atropelamento.

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"Ele deve ter entrado por onde fazem entregas na rua 25. Esse lugar num dia normal é cheio de gente, ciclistas, pessoas passeando com seus cachorros. Se fosse num fim de semana, seria bem pior", afirmou ele.

Nesta terça ocorre o Halloween nos Estados Unidos, data tradicional na qual as crianças costumam ir para a rua pedir doces. No sul de Manhattan também acontecem desfiles que atraem grande público.

Tawid Kabir, um estudante que estava na ponte de pedestres em cima da rua Chambers na hora que a caminhonete invadiu a via, disse ter visto o atropelador. "Ouvi cinco ou seis tiros, daí deitei no chão, com medo. Era um homem branco de barba. Ele tinha dois revólveres."

Muitos estudantes testemunharam o atropelamento porque o local fica próximo à Borough of Manhattan Community College,

Eneneze John estava na escola na hora. "Sabia que uma coisa ruim poderia acontecer no Halloween. Ouvimos os helicópteros e de repente vimos os carros do FBI chegando. Não deixaram a gente sair do prédio na hora e falavam só que ia ficar tudo bem."

"Pensei que eram fogos de artifício. Mas depois soube que eram tiros. Foram uns seis tiros. Não é o que você espera ouvir aqui. Quando eu cheguei, já tinha dois corpos no chão e uma picape destruída, a frente dela toda arruinada. Só vi a destruição do ataque", disse o estudante Ruben Cabrera.

Seu colega John Williams também testemunhou o incidente. "Havia muitas pessoas ali na hora. Não vi a batida, mas sabia que eram tiros. Foram entre cinco e dez tiros."

Nos últimos meses, o uso de caminhões e vans para atropelar grupos ou multidões tornou-se uma tática recorrente de terroristas inspirados pela facção Estado Islâmico, mesmo por aqueles que não têm vínculos com ela.

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