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Autoridades questionam relato de resgate de dupla de náufragas

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Duas mulheres havaianas que dizem ter ficado perdidas no oceano Pacífico com dois cachorros por cinco meses nunca acionaram o alerta luminoso que mantinham no barco, afirmou a Guarda Costeira dos EUA, fazendo aumentar a lista

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 31.10.2017, 15:05:00 Editado em 31.10.2017, 15:05:05
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Duas mulheres havaianas que dizem ter ficado perdidas no oceano Pacífico com dois cachorros por cinco meses nunca acionaram o alerta luminoso que mantinham no barco, afirmou a Guarda Costeira dos EUA, fazendo aumentar a lista de incongruência na história da dupla.

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As mulheres haviam dito que dispunham de rádios, telefones por satélites, GPSs e outros equipamentos de emergência, mas não mencionaram o chamado EPIRB (Emergency Position Indicating Radio Beacon), que ficou o tempo todo desligado no barco.

Jennifer Appel confirmou que o equipamento não foi usado porque, segundo sua experiência, isso só deve ser feito quando se está sob iminente perigo físico e a ponto de morrer nas próximas 24 horas.

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"Nosso casco estava sólido, estávamos flutuando, tínhamos comida, tínhamos água e tínhamos uma capacidade limitada de manobras", afirmou Appel no Japão, onde a Marinha dos EUA as levou após serem resgatadas por um navio. "Todas essas coisas nos diziam que não iríamos morrer."

Appel afirmou que ela e sua amiga, Tasha Fuiava, estavam a ponto de desistir quando foram resgatadas na semana passada, a milhares de distância da rota.

O EPIRB se comunica com satélites e envia localizações para as autoridades. É ativado quando submerge ou quando é ligado manualmente. O sinal de alerta envia uma localização para equipes de resgate em questão de minutos.

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Segundo um oficial da Guarda Costeira aposentado ouvido pela agência Associated Press, se elas tivessem acionado o EPIRB, elas teriam sido localizadas.

"Se o equipamento estava funcionando e ligado, um sinal teria sido recebido muito, muito rapidamente de que essa embarcação estava perdida", afirmou Phillip R. Johnson.

Appel e Fuiava disseram que tinham seis formas de comunicação mas que todas deixaram de funcionar.

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"Há algo errado aí. Nunca ouvi algo assim, de tudo deixar de funcionar ao mesmo tempo", afirmou Johnson.

As duas mulheres se conheceram em 2016 e depois de uma semana decidiram fazer a viagem juntas. Fuiava nunca havia velejado. Elas planejaram chegar ao Tahiti após 18 dias, depois viajar pelo Pacífico Sul e então voltar ao Havaí em outubro. A viagem começou em 3 de maio.

Vários elementos do relato das duas mulheres foram contraditos pelas autoridades. Por exemplo, elas disseram ter enfrentado uma tempestade vigorosa no primeiro dia de viagem, que sacudiu o barco com ventos de 97 quilômetros por hora e ondas de nove metros de altura por três dias.

Mas os meteorologistas dizem que não houve esse tipo de condição climática naquela rota naquela época.

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