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Tapeçaria de Tomie Ohtake destruída em incêndio é recriada

NATHALIA DURVAL SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Quando um incêndio destruiu parte do auditório Simón Bolívar, no Memorial da América Latina, em 2013, uma obra encomendada na década de 1980 por Oscar Niemeyer à artista plástica Tomie Ohtake (1913-2015) foi co

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 31.10.2017, 03:00:00 Editado em 31.10.2017, 03:00:11
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NATHALIA DURVAL

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Quando um incêndio destruiu parte do auditório Simón Bolívar, no Memorial da América Latina, em 2013, uma obra encomendada na década de 1980 por Oscar Niemeyer à artista plástica Tomie Ohtake (1913-2015) foi consumida pelas chamas.

A solução dada pela artista na época foi refazer a tapeçaria de 840 m² que cobria as paredes do auditório. O projeto foi continuado pelo filho e diretor presidente do Instituto Tomie Ohtake, Ricardo Ohtake.

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Autorizada a reforma do espaço em 2014, o Memorial negociou a reconstrução da peça com o instituto, que selecionou a empresa Punto e Filo para executar o projeto.

A nova tapeçaria seguiu à risca o formato e cores da original, recomendação feita pela artista e supervisionada por Vera Fujisaki e Jorge Utsunomiya, arquitetos que trabalharam com Tomie por mais de 30 anos.

A peça original era composta por 840 quadrados de 1 m² cada um, construídos em um tear computadorizado e montados como se fossem um mosaico.

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A versão de 2017 foi refeita como uma só peça de 70 m de comprimento. Foi usada uma máquina semelhante à de costura e a maior parte do trabalho foi feito manualmente, segundo Marinho Pisaneschi, diretor da Punto e Filo.

Foram necessários cerca de quatro meses para a finalização do projeto, que chegou a ter cerca de 50 artesãos trabalhando na peça ao mesmo tempo --a tapeçaria foi separada em duas partes: o fundo azul que preenche a parede, e as linhas em tons de amarelo e vermelho.

Ao todo, a tapeçaria pesa mais de quatro toneladas e recebeu os ajustes finais dentro do auditório, para ser colada nas paredes este mês.

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O material utilizado foi pensado para não repetir o episódio de 2013. "Tudo no auditório hoje é preventivo, não propaga fogo. Os fios da tapeçaria e dos carpetes são antichamas", diz Irineu Ferraz, presidente do Memorial.

A obra foi patrocinada --os fios foram doados pela empresa Invista e o trabalho manual foi cedido pela Punto e Filo. Seu valor estimado é de R$ 1,8 milhão.

A reabertura do auditório ao público será em 15 de dezembro, com programação cultural gratuita --as atrações estão sendo definidas. Segundo Ferraz, 93% da reforma está concluída.

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