SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O governo espanhol publicou neste sábado (28) no Boletim Oficial do Estado a demissão do chefe da polícia catalã, Josep Lluís Trapero, como parte da intervenção das instituições regionais anunciadas no dia anterior.
O premiê espanhol, Mariano Rajoy, já havia destituído o presidente catalão, Carles Puigdemont, na noite de sexta (27), assim como o diretor administrativo da polícia catalã.
As duas decisões são uma resposta de Madri a tentativa da Catalunha de buscar a separação em relação a Espanha. Também na sexta, o Parlamento regional convocou uma constituinte para declarar a independência da região.
Na sequência, o governo espanhol implementou o Artigo 155 da Constituição, que permite a Madri interferir nas regiões autônomas.
Rajoy também retirou de suas funções o diretor administrativo da polícia regional na sexta, após um conselho extraordinário de ministros.
Trapero, chefia os Mossos d'Esquadra -como é chamada a polícia catalã- e tornou-se uma figura emblemática da crise catalã nas últimas semanas.
Os Mossos ganharam fama internacional em agosto, quando ataques terroristas causaram 16 mortes na Catalunha e os agentes agiram para impedir um número maior de vítimas. Devido a autonomia Catalã, os policiais respondem a Barcelona e não a Madri.
Durante a crise separatista catalã, porém, os Mossos se recusaram a cumprir as ordens da Justiça e do governo central para impedir a realização do plebiscito de independência de 1º de outubro. Por isso, Trapero está sendo investigado e não pode deixar o país.
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