SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O premiê do Iraque, Haider al-Abadi, reiterou nesta quinta (26) que não aceitará a oferta da liderança curda de congelar o resultado do plebiscito de independência em 17 de setembro.
Na véspera, além da suspensão do efeito do plebiscito, o Governo Regional do Curdistão (GRC) propôs cessar-fogo imediato e um diálogo com o governo federal amparado na Constituição.
"Não aceitaremos nada aquém do cancelamento [do plebiscito] e o respeito à nossa Constituição", disse.
Cerca de 90% dos curdos que vivem no Iraque e em áreas que estão sob o domínio do GRC votaram pela independência. O governo em Bagdá considera o separatismo ilegal e retaliou, entre outras medidas, com a suspensão de voos internacionais a aeroportos da região, decretou a prisão do presidente e de dois membros da comissão responsável pela organização do pleito.
Além disso, tropas iraquianas e milícias ligadas a Bagdá e ao Irã avançaram sobre a província de Kirkuk no último dia 15.
Os laços entre Irã e Iraque têm se estreitado. Em reunião em Teerã nesta quinta, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, segeriu a al-Abadi que não confie nos EUA para combater a facção terrorista Estado Islâmico.
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