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Turquia libera oito ativistas de direitos humanos acusados de elo com golpe

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Justiça da Turquia pôs nesta quarta (25) em liberdade condicional oito ativistas de direitos humanos, incluindo uma diretora da ONG Anistia Internacional, suspeitos de elo com o golpe frustrado contra o líder do país, Recep

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 25.10.2017, 23:05:00 Editado em 25.10.2017, 23:05:08
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Justiça da Turquia pôs nesta quarta (25) em liberdade condicional oito ativistas de direitos humanos, incluindo uma diretora da ONG Anistia Internacional, suspeitos de elo com o golpe frustrado contra o líder do país, Recep Tayyip Erdogan.

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Além da diretora Idil Eser, foram soltos depois de pagar fiança o sueco Ali Gharavi e o alemão Peter Steudtner. Pelos termos da liberação, eles não são obrigados a ficar no país até a próxima audiência do processo, em novembro.

Os juízes, no entanto, mantiveram no cárcere o presidente da Anistia Internacional na Turquia, Taner Kilic, há quatro meses em uma cadeia de Esmirna acusado de ter participado das operações armadas da tentativa de golpe.

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Outros dois saíram da cadeia horas antes. O advogado de defesa do grupo, Erdal Dogan, disse que ficou feliz, mas que "o processo nunca deveria ter sido aberto". "Precisamos de um Estado de Direito e de apoio a nossos cidadãos".

Quase todos haviam sido presos em julho em um evento sobre segurança digital em Istambul. A Promotoria os acusou de elo com o movimento Hizmet , do líder religioso Fethullah Gülen, acusado por Erdogan de ser mentor do golpe.

Os ativistas também serão julgados por suposta relação com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) , milícia curda, e com o movimento de extrema esquerda Partido da Frente Libertação Popular Revolucionária (DHKP-C).

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Os três grupos são considerados terroristas no país. Como provas para embasar a acusação, a Promotoria inclui a visita a presos em greve de fome e contatos com pessoas que baixaram um aplicativo de mensagens criptografadas.

Ao deixar a prisão, Eser disse ter sido presa por fazer seu trabalho. "Não entendo como posso ser associada com três organizações terroristas diferentes por ir a um evento. Só fiz meu trabalho como defensora dos direitos humanos."

Desde o golpe frustrado, em 15 de julho de 2016, mais de 50 mil pessoas foram presas em ofensiva contra os supostos organizadores. O líder turco considera que o expurgo era necessário para manter a estabilidade no país.

A ação foi encarada por alguns países europeus como uma forma de reduzir a oposição e debilitar a Justiça. Em reação à prisão dos ativistas, a Alemanha começou a revisar pedidos das autoridades turcas de compra de armas alemãs.

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