BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) - O ex-ministro do Planejamento e homem-forte das gestões de Néstor e Cristina Kirchner (2003-2015), Julio De Vido, atualmente deputado, teve sua imunidade parlamentar retirada nesta quarta-feira (25), o que possibilita que responda a dois processos de corrupção pelos quais está sendo acusado.
Uma das causas se refere ao superfaturamento em uma compra de gás, a outra, por ter supostamente desviado US$ 15 milhões da construção de uma mina de carvão.
De Vido também está sendo investigado, embora ainda sem acusação formal, de ter participado do esquema de corrupção da construtora brasileira Odebrecht , que admitiu junto ao Departamento de Justiça dos EUA ter pago US$ 35 milhões na Argentina no período em que o ex-ministro controlava as licitações de obras públicas no país.
De Vido não foi à sessão que decidiu seu futuro no Parlamento, mas se entregou no final do dia. O ex-ministro chegou aos tribunais caminhando, com ar relaxado e barba por fazer. Havia, porém, a presença de aliados do presidente Mauricio Macri, que gritavam "sim, se pode", lema das campanhas da coalizão Mudemos.
A ex-presidente Cristina Kirchner também responde a processos por enriquecimento ilícito, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. O andamento das ações, porém, será prejudicado porque ela voltará a ter foro privilegiado em dezembro por ter sido eleita senadora no domingo (22).
O empresário acusado de ajudar os Kirchners a lavar dinheiro, Lázaro Báez, está em prisão preventiva.
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