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Tinha que impedi-lo, diz coordenadora que conteve atirador em escola de GO

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - "Eu fiquei com medo de ele entrar nas salas onde tinham outros alunos. Então eu tinha que impedi-lo", afirmou Simone Maulaz Elteto, coordenadora do Colégio Goyases, em Goiânia, onde um adolescente de 14 anos matou dois colegas

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 22.10.2017, 22:50:00 Editado em 22.10.2017, 22:50:05
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - "Eu fiquei com medo de ele entrar nas salas onde tinham outros alunos. Então eu tinha que impedi-lo", afirmou Simone Maulaz Elteto, coordenadora do Colégio Goyases, em Goiânia, onde um adolescente de 14 anos matou dois colegas de sala e feriu outros quatro na última sexta-feira (20).

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No relato, feito ao "Fantástico", da TV Globo, ela conta que estava na biblioteca quando ouviu o primeiro tiro. Ao seguir para a sala do 8ª ano, onde estudavam o atirador e as vítimas, viu crianças correndo e gritando. "Quando entrei, vi os alunos caídos, feridos e muito sangue. E ele estava com a arma em punho", afirmou.

"Tinha só ele, eu e os alunos feridos, então eu me aproximei dele, não tive medo, coloquei a mão no ombro dele e falei: 'o que que houve?', 'está tudo bem?'. Ele estava um pouco alterado".

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A coordenadora afirma que pediu calma ao jovem que estava armado com uma pistola .40 de sua mãe, que é policial militar. Inicialmente, ele se recusou a entregar a arma e pediu que o pai fosse chamado, enquanto isso, o garoto seguiu para fora da sala, com a coordenadora ao seu lado.

"Ele continuou caminhando e eu tentando me posicionar, sem movimento bruscos, na frente dele. Nesse momento, ele estava com a mão assim e a arma ficou apontada pro meu abdômen. A mão direita eu pus no ombro dele e a mão esquerda eu fui empurrando devagar a arma pro rumo da parede".

Coordenadora e aluno foram até a biblioteca, onde permaneceram até a chegada da polícia. "Eu saí correndo da biblioteca e gritei pros policiais que eu precisava de ajuda. Me encaminhei até a sala do 8º anos, onde tinham os alunos que eu tinha visto feridos, até então eu achei que estavam só feridos", afirmou ela.

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Elteto afirmou ainda que nunca percebeu ou recebeu queixas em relação à bullying que o atirador estaria sofrendo dentro da sala de aula. O próprio menino falou à polícia que era vítima de gozações de colegas. Outros estudantes disseram que ele era chamado de "fedorento" por não usar desodorante.

A mãe de João Pedro Calembo, 13, um dos jovens que morreu no ataque, já tinha rebatido a teoria de bullying nas redes sociais. "Não julgue o nosso filho, a nossa família pelas notícias que você tem lido. Nós e a escola sabemos que não foi assim. Somos pais presentes, disponíveis, empenhados na educação dos nossos três filhos", disse.

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