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Houve 'extrema violência e frieza' em ação de atirador de GO, diz promotor

DANIEL CARVALHO BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O promotor Cássio Sousa Lima, que ouviu no fim de semana o adolescente de 14 anos que matou dois colegas e feriu outros quatro em Goiânia disse que ele agiu com "extrema violência e frieza". Na representação ap

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 22.10.2017, 21:10:00 Editado em 22.10.2017, 21:10:12
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DANIEL CARVALHO

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O promotor Cássio Sousa Lima, que ouviu no fim de semana o adolescente de 14 anos que matou dois colegas e feriu outros quatro em Goiânia disse que ele agiu com "extrema violência e frieza".

Na representação apresentada à Justiça, Sousa Lima afirma que constatam-se indícios "mais do que suficientes" para pedir a internação provisória do garoto por 45 dias.

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"No presente caso, é evidente a extrema violência e frieza no planejamento e execução da conduta típica, como também o considerável número de vítimas atingidas, assim, a medida se perfaz em imprescindível instrumento acautelador social, com o fim de evitar-se a prática de novos atos infracionais graves, resguardando-se a ordem pública", afirma o promotor.

Para ele, a internação é necessária para que o jovem "se conscientize da gravidade do ato infracional praticado, sob pena de, no caso de liberação, caracterizar-se um verdadeiro estímulo para a prática de novas infrações".

A defesa do jovem pediu para que ele não seja transferido do local em que está apreendido desde sexta-feira (20), dia em que atirou nos colegas, até que seja ouvido pelo juiz.

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Para tentar evitar que o garoto seja condenado à punição máxima prevista no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) -três anos de internação-, a defesa pretende alegar que ele nunca teve nenhum caso de violação à lei e que tem uma família estruturada.

Mesmo que seja condenado à punição máxima, o adolescente poderá seguir uma vida normal depois que cumprir a medida socioeducativa.

"Para efeito criminalístico, não conta como antecedente, só como desvio de personalidade", afirma o promotor Cássio Sousa Lima, que atuou no caso durante o plantão do final de semana.

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A chamada "bancada da bala" do Congresso quer usar a tragédia de Goiânia para pressionar que a PEC (proposta de emenda à Constituição) da redução da maioridade penal entre na pauta da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado.

LUTO

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A tragédia de sexta-feira ainda provocava comoção neste domingo. A faixa que convidava para a feira de ciências que aconteceria no sábado (21) dividia espaço na fachada do Colégio Goyases com cartazes de solidariedade às famílias das vítimas.

O episódio também foi abordado na missa da igreja Santo Inácio de Loyola, próxima à escola.

"Não é momento de julgarmos nem condenarmos ninguém", disse o padre que celebrou a missa da noite. "[A tragédia] serve para que todos nós acompanhemos mais de perto nossos filhos."

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Os diretores da escola Goyases se manifestaram pela primeira vez neste domingo.

"Essa lacuna deixada pelos ausentes será irrecuperável, diz um trecho do comunicado publicado nesta tarde.

A nota é assinada pela "Família Goyases", referência ao nome do colégio.

Os responsáveis pela escola dizem estar enlutados e pedem para que não se faça qualquer julgamento.

"Deixemos de lado os julgamentos e vamos promover uma profunda reflexão na sociedade, nas escolas e nos lares e sobretudo uma reflexão individual perguntando o que podemos fazer para amenizar a dor desse momento e como deveremos agir para evitar futuros fatos assim tristes", diz a nota.

A escola diz estar dando "total respaldo às famílias" e afirma que durante a semana será redefinido o calendário do ano letivo.

Como terça-feira (24) é feriado em Goiânia por causa do aniversário da cidade, pais de alunos dizem que já não haveria aulas nesta segunda (23). A expectativa é que elas sejam retomadas na quarta-feira (25).

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