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Morre aos 74 o pernambucano Marcus Accioly, ícone da poesia regional

RAFAEL GREGORIO SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Morreu na tarde deste sábado (21), aos 74 anos, em Itamaracá, no Grande Recife, o poeta pernambucano Marcus Accioly. O escritor foi um importante nome da chamada poesia regional contemporânea e publicou cerca

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 21.10.2017, 20:00:00 Editado em 21.10.2017, 20:00:08
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RAFAEL GREGORIO

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Morreu na tarde deste sábado (21), aos 74 anos, em Itamaracá, no Grande Recife, o poeta pernambucano Marcus Accioly.

O escritor foi um importante nome da chamada poesia regional contemporânea e publicou cerca de 15 livros, entre compilados de poemas, livros infantis e cordéis.

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A informação foi confirmada pela Academia Pernambucana de Letras (APL) em publicação na página da entidade em uma rede social, mas não foi divulgada causa da morte.

De acordo com a APL, o velório do autor, que ocupava a cadeira 19 da instituição, está previsto para ocorrer no domingo (22), na Prefeitura de Aliança.

POETA 'NORDESTINADO'

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Natural de Aliança, na Mata Norte de Pernambuco, Accioly era um dos maiores nomes da literatura no Estado e no Nordeste.

Nascido em 21 de janeiro de 1943, graduou-se em direito e, em 1968, publicou seu primeiro livro, "Cancioneiro".

Na juventude, o escritor integrou a chamada "geração de Jaboatão", ou "Geração 65", iniciativa estilística ligada à literatura e abrangendo outros nomes, como Lucila Nogueira (1950-2016).

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Accioly também foi ligado ao Movimento Armorial, cujo mote principal era a produção de uma literatura que abrangesse os valores universais sem perder de vista as raízes regionais pernambucanas.

Ao longo da carreira, recebeu diversas láureas literárias. Entre elas, o Prêmio Recife de Humanidades, em 1972, pela segunda obra, "Nordestinados" (1971), e o Prêmio Fernando Chinaglia, em 1980, concedido pela União Brasileira de Escritores pelo livro "Guriatã".

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Ele também foi agraciado com o prêmio de poesia concedido pela Associação Paulista dos Críticos de Artes e o Prêmio Olavo Bilac, da Academia Brasileira de Letras, por "Narciso", livro de poemas publicado em 1984.

A preocupação do poeta com a conexão entre universal e raízes lhe rendeu o apelido de "poeta nordestinado", em alusão ao título de seu segundo livro.

RECONHECIMENTO E POLÍTICA

Membro da Academia Pernambucana de Letras desde 2000, o escritor ocupou a cadeira 19, deixada João Cabral de Melo Neto (1920-1999).

Ele chegou a ser cogitado para suceder o poeta Lêdo Ivo (1924-2012) na cadeira nº 10 da Academia Brasileira de Letras, em 2013, que acabou sendo atribuída à escritora e militante feminista Rosiska Darcy de Oliveira.

Durante o mandato de Itamar Franco, Accioly foi secretário-executivo do Ministério da Cultura sob a chefia do ministro Antônio Houaiss, tendo, em ocasiões de ausência do ministro, assumido várias vezes o cargo.

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