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ATUALIZADA - 'Já perdoei', diz pai de morto por atirador

Obs.: Inclui ESCOLA-GO 3 DANIEL CARVALHO, ENVIADO ESPECIAL, E CLEOMAR ALMEIDA GOIÂNIA, GO (FOLHAPRESS) - Foram enterrados na manhã deste sábado (21) os dois mortos pelo adolescente que atirou em colegas mo Colégio Goyases, em Goiânia. Outros quatro adole

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 21.10.2017, 13:10:00 Editado em 21.10.2017, 13:10:04
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Obs.: Inclui ESCOLA-GO 3

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DANIEL CARVALHO, ENVIADO ESPECIAL, E CLEOMAR ALMEIDA

GOIÂNIA, GO (FOLHAPRESS) - Foram enterrados na manhã deste sábado (21) os dois mortos pelo adolescente que atirou em colegas mo Colégio Goyases, em Goiânia. Outros quatro adolescentes estão hospitalizados.

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João Pedro Calembo, 13, foi o primeiro a ser morto e foi apontado como desafeto do atirador, seu colega de turma, que foi apreendido.

Segundo os familiares, João Pedro era bom aluno, atuante na igreja, carinhoso com os irmãos mais novos e queria ser engenheiro civil. Quando não estava na igreja ou na escola, estava jogando futebol ou videogame. "Ele era muito brincalhão, zoava com todos", contou uma colega.

"João Pedro é mesmo cristão. Um dia disse: 'pai, tenho um colega que sofre muito preconceito. Eu disse 'meu filho, você tem que orar por ele'", diz o publicitário Leonardo Calembo, 41, pai de João Pedro e dos dois irmãos dele, meninos de 6 e 8 anos.

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João Pedro sentava na carteira imediatamente atrás da do atirador, no fundo da classe. Foi o primeiro a ser morto.

O pai da vítima nega a versão que o atirador e colegas de turma contaram à polícia, de que João Pedro seria desafeto do menino que efetuou ao menos 11 disparos contra os colegas de classe.

Para investigadores, o crime foi premeditado por causa do bullying que o atirador sofria na escola. Colegas disseram que ele era chamado de "fedorento" e relataram que chegou a receber um desodorante como provocação.

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A polícia informou que o atirador disse em depoimento que se inspirou em duas outras tragédias envolvendo atiradores em escolas --o massacre de Columbine, em 1999, nos EUA, e o de Realengo, em 2011, no Rio.

"Não acredito nessa história de desodorante. Não existe essa história de desafeto. Bullying hoje é o nome novo a uma brincadeira que se faz há tantos anos", diz o pai, presbítero da Igreja Batista Renascer. "Eu já perdoei desde o início. Foi uma fatalidade."

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O velório foi realizado no Parque Memorial de Goiânia e o corpo foi enterrado no fim da manhã. Colegas do colégio estavam de uniforme.

Uma adolescente de 13 anos relatou dificuldade para dormir. "Toda hora vinha a cena dele matando meus colegas. A cara que ele fez quando atirou não saiu da cabeça. Vai ser muito ruim chegar na sala, olhar para aquele canto e lembrar que ele matou amigos nossos. "

A arma do crime, uma pistola .40 da Polícia Militar, era usada pela mãe do menino, sargento da PM. O pai dele é major da instituição.

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AMIGO

O tiro que atingiu na cabeça outro colega, João Vitor Gomes, 13, pôs fim ao sonho dele de ser piloto de Formula 1 e abalou sua família. A vítima havia feito um trabalho da escola com o atirador na noite anterior, via internet

Segundo o pai, o analista de sistemas Fabiano Fernandes, João Vitor era "inteligente, educado e sonhador".

Fernandes e sua mulher, Katiusce, têm outros dois filhos, um menino de 10 anos -do sexto ano na mesma escola- e uma bebê de oito meses. João Vitor fazia aulas de inglês e violão e praticava natação.

Desolada, a mãe não quis conceder entrevista. O irmão de João Vitor chegou a dormir em uma sala de auxílio do cemitério, devido ao cansaço e sofrimento excessivos. Eles haviam se encontrado no recreio, poucas horas antes do crime, cometido no intervalo antes da última aula.

Como João Vitor é um dos poucos amigos do suspeito, a família acredita que ele foi atingido por um tiro aleatório, logo após o atirador atingir João Pedro, que sentava na carteira de trás.

O corpo foi sepultado no Cemitério Jardim das Palmeiras no fim da manhã. Outros quatro colegas atingidos permanecem hospitalizados.

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