MAIS LIDAS
VER TODOS

Cotidiano

"Momento perigoso", diz Ai Weiwei sobre ataques a exposições no Brasil

ISABELLA MENON SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - "Se a liberdade da artística é ameaçada, esse é o primeiro sinal de que um momento perigoso pode se aproximar", afirma Ai Weiwei, 60, em referência à onda conservadora que colocou sob críticas exposições, perfor

Da Redação

·
Escrito por Da Redação
Publicado em 19.10.2017, 18:00:00 Editado em 19.10.2017, 18:00:11
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

ISABELLA MENON

continua após publicidade

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - "Se a liberdade da artística é ameaçada, esse é o primeiro sinal de que um momento perigoso pode se aproximar", afirma Ai Weiwei, 60, em referência à onda conservadora que colocou sob críticas exposições, performances e museus no Brasil nos últimos meses.

Atualmente morando em Berlim, na Alemanha, ele presenciou a ascensão da direita nas últimas eleições no país, que definiram a continuidade da chanceler Angela Merkel.

continua após publicidade

Perseguido pelo governo de seu país e ele próprio quase refugiado, já que teve de deixar a China por causa da repressão política, Weiwei está inteirado sobre o tema da ascensão do conservadorismo.

"É um momento muito decisivo porque a direita teve um crescimento no número de votos e muitos clamam pela volta do 'sangue puro'", diz.

O artista plástico chinês falou durante entrevista coletiva coletiva nesta quinta (19), em São Paulo, primeiro dia da 41ª Mostra Internacional de Cinema.

continua após publicidade

Ele participaria da abertura da mostra, na quarta (18), quando o filme foi exibido, mas foi impedido de embarcar para o Brasil por um problema com seu visto para o Brasil -segundo Weiwei, por erro de uma funcionária da companhia aérea United Airlines, já que, diz, seu documento estava em dia.

Weiwei é um dos destaques do evento, com o documentário "Human Flow", sobre a crise dos refugiados.

O longa começou a ser concebido antes de acabar a sua detenção na China, em 2015. Antes disso, em 2014, ele já tinha pedido para pessoas da sua equipe irem ao Iraque. "Quis entender como 64 milhões de pessoas deixaram seus lares", conta o artista, o número, segundo a Acnur (Agência das Nações Unidas para Refugiados) chegou a 65,3 milhões em todo o mundo, em 2015.

continua após publicidade

Por isso, ele diz, foi preciso ir além da questão do enraizamento em si: "A crise de refugiados não é apenas política, mas também moral e humana."

Para o filme, Weiwei e sua equipe entrevistaram mais de 300 pessoas. Isso demandou método, ele explica: "[Algum distanciamento] é necessário para que se consiga dar voz àqueles que não têm voz".

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Cotidiano

    Deixe seu comentário sobre: ""Momento perigoso", diz Ai Weiwei sobre ataques a exposições no Brasil"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!