MAIS LIDAS
VER TODOS

Cotidiano

ATUALIZADA - Opositores renegam assembleia chavista

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A oposição ao ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, reiterou nesta quarta-feira (18) que seus cinco governadores eleitos no último domingo (15) não farão juramento ante à Assembleia Constituinte, convocada e controlada pelo re

Da Redação

·
Escrito por Da Redação
Publicado em 18.10.2017, 21:25:00 Editado em 18.10.2017, 21:25:11
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A oposição ao ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, reiterou nesta quarta-feira (18) que seus cinco governadores eleitos no último domingo (15) não farão juramento ante à Assembleia Constituinte, convocada e controlada pelo regime.

continua após publicidade

A declaração da coalizão Mesa de Unidade Democrática (MUD) mantém a dúvida sobre se os oposicionistas assumirão seus cargos, enquanto a Casa chavista já deu posse aos outros 18 governadores aliados da ditadura.

Os antichavistas levam em consideração a Lei sobre Eleição e Remoção de Governadores, de 1989, mas ainda vigente. Por ela, os chefes dos Executivos estaduais devem prestar seu juramento às Câmaras Legislativas locais --assim como ocorre no Brasil.

continua após publicidade

"Os governadores eleitos só se submeterão ao mandato estabelecido na Constituição e nas leis da República, logo só prestarão juramento a Deus e às Câmaras Legislativas respectivas e não à fraudulenta Constituinte", diz a MUD, em comunicado.

A coalizão não reconhece a Assembleia Constituinte por considerá-la uma fraude do regime para anular a Assembleia Nacional, controlada por seus membros a partir de janeiro de 2016. Por isso, boicotou a eleição dos membros da Casa, em 30 de julho.

A coalizão oposicionista afirma que, com a decisão, "ratifica seu compromisso com a vontade do povo expressada" no plebiscito não oficial que organizou contra a convocação da Casa para trocar a Constituição.

continua após publicidade

Na consulta simbólica, realizada em 16 de julho, 98% dos votantes se declararam contra a Constituinte. A oposição afirma que 7,5 milhões de pessoas foram às urnas na ocasião -pesquisas apontam participação de 4 milhões.

A Constituição, porém, determina que todos os poderes constituídos "não poderão impedir de forma alguma" as decisões da Constituinte.

Esse foi o princípio usado pelo chavismo para declarar o poder supremo da Casa e, por conseguinte, determinar que os governadores devam tomar posse perante a ela.

continua após publicidade

Ao juramentar os governadores chavistas eleitos, a presidente da Constituinte, Delcy Rodríguez, disse que todos levaram em suas campanhas eleitorais "a mensagem da paz e da soberania". "Todos vieram a essa assembleia com a bandeira da vitória, todo o nosso reconhecimento aos homens e mulheres que saíram a defender a pátria e voltam com essa vitória."

Também declarou que essa eleição "foi a campeã de participação" entre os pleitos para governador e chamou o sistema eleitoral de perfeito. "Está garantida a paz e a soberania da Venezuela."

continua após publicidade

A oposição acusa o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), dominado pelo regime, de fraudar a eleição. Pesquisa do Instituto Datanalisis (independente) antes das eleições apontou que a MUD venceria em ao menos 2/3 dos Estados.

Alguns oposicionistas, porém, agiram à derrota de forma mais amena. Enquanto o deputado Henry Ramos Allup disse que o baixo comparecimento de seus seguidores contribuiu para o revés, o ex-governador Henri Falcón admitiu ter perdido em Lara. ÚLTIMO ESTADO

Nesta quarta, o CNE confirmou a vitória do chavista Justo Noguera Pietri no Estado de Bolívar, o único em que a determinação do resultado ainda estava pendente.

continua após publicidade

Noguera venceu por 1.400 votos o oposicionista Andrés Velázquez, que chegou a aparecer à frente na apuração no site da instituição na noite de domingo (15), antes que os números sumissem do ar.

Velázquez contesta os resultados e liderou um pequeno protesto. "Vou demonstrar para o mundo que esse processo eleitoral é fraudulento", disse a uma rádio local.

Mesmo que os governadores da oposição assumam seus cargos, o regime já deu sinais de pode derrubá-los por outros meios. Na terça (17), Maduro acusou Laidy Gómez, que venceu em Táchira, de associação com grupos paramilitares colombianos.

O ditador pediu que ela se espelhe em Daniel Ceballos, prefeito da tachirense San Cristóbal deposto em 2014 sob a acusação de fomentar a violência em protestos.

Já em Mérida, o Ministério Público abriu investigação do vencedor, Ramón Guevara.

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Cotidiano

    Deixe seu comentário sobre: "ATUALIZADA - Opositores renegam assembleia chavista"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!