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Diagnóstico precoce de câncer de mama abrange apenas 8,8% dos casos

O diagnóstico precoce ainda é considerado um dos principais entraves no combate ao câncer de mama, que é o mais comum entre as mulheres e, segundo o Instituto Nacional do Câncer (inca), corresponde por cerca de 25% dos casos novos da doença a cada ano. Do

Da Redação

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As irmãs Cristiane Sanches Andrade, de 36 anos, e Cacilda Sanches Nunes, 49, de Apucarana, foram surpreendidas com o diagnóstico do câncer de mama. Foto: Sérgio Rodrigo
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As irmãs Cristiane Sanches Andrade, de 36 anos, e Cacilda Sanches Nunes, 49, de Apucarana, foram surpreendidas com o diagnóstico do câncer de mama. Foto: Sérgio Rodrigo
Escrito por Da Redação
Publicado em 14.10.2017, 08:09:00 Editado em 14.10.2017, 08:11:47
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O diagnóstico precoce ainda é considerado um dos principais entraves no combate ao câncer de mama, que é o mais comum entre as mulheres e, segundo o Instituto Nacional do Câncer (inca), corresponde por cerca de 25% dos casos novos da doença a cada ano. Dos 273 atendimentos realizados pelo Centro de Oncologia do Hospital da Providência, de Apucarana, desde que o sistema foi credenciado pelo Ministério da Saúde em outubro de 2008, apenas 8.8% dos casos, o que representa 24 pacientes, foram diagnosticadas na fase inicial.

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“O diagnóstico precoce, na fase chamada “in situ”, ou seja, que é quando o tumor está no estágio inicial, a chance de cura é de 98%. Este diagnóstico precoce depende fortemente da realização da mamografia”, observa o médico responsável pelo Serviço de Mastologia do Hospital da Providência, de Apucarana, Ribamar Maroneze.Em países desenvolvidos, segundo Ribamar, o índice chega a 30%. “Isso significa que o serviço de atenção primária à saúde não está funcionando adequadamente, mas isso no âmbito nacional. O acesso à mamografia precisa ser facilitado. Hoje, a mulher geralmente perde três dias de trabalho, para fazer a mamografia, o que impossibilita às vezes a busca principalmente quando não tem sintomas”, avalia.

O especialista defende que o acesso à mamografia deveria ser ampliado. “Atualmente, a mamografia é recomendada a partir dos 50 anos pelo Ministério da Saúde. Já a Associação Brasileira de Mastologia orienta aos 40 anos”, cita como exemplo. Em casos de histórico na família, o recomendado é 10 anos antes do último caso.

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Ribamar entende que, caso as brasileiras tivessem acesso a mamografia sem a necessidade de antes passar por uma consulta, facilitaria o diagnóstico precoce e, consequentemente as chances de cura.Nos casos mais avançados é comum a paciente ter que passar pela mastectomia, extirpação total da glândula mamária, procedimento considerado mutilante e inestético, de acordo com Ribamar. 

“Dos casos atendidos, a mastectomia foi realizada em 97 casos, totalizando 35% dos casos, índice comparável com serviços de cirurgia do câncer de mama em países desenvolvidos, o que é positivo”, defende.

Nos Estados Unidos, ele cita que a cirurgia conservadora da mama é realizada em 59% dos casos. “Em Apucarana, 65% dos casos tratados para câncer de mama tiveram suas mamas preservadas ou reconstruídas. O Sistema Único de Saúde (SUS) está preocupado com o bem-estar das pacientes e também tem disponibilizado recursos eficientes”, argumenta.

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Nos outros 176 casos, segundo Ribamar, foram realizadas técnicas de reconstrução mamária imediata ou tardia, cirurgias de conservação da mama bem como cirurgias oncoplásticas, onde a mama é conservada com algum ganho estético. 

“É importante ressaltar que, no serviço de Apucarana, dentre as mulheres mastectomizadas (97), 69 casos eram considerados avançados, ou seja, 71% deles, o que dificulta a preservação mamária e se constitui num indicativo de que grande parte das mulheres ainda demoram a procurar os serviços de saúde”, frisa.

Em alusão ao Outubro Rosa, o médico revela que Serviço de Mama planeja a reconstrução de 20 mulheres que tiveram suas mamas retiradas em decorrência do tratamento do Câncer, porém frisa que o diagnóstico precoce evita a mastectomia e aumenta as chances de recuperação.

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