O presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, convocou os líderes militares da nação na terça-feira para se prepararem para a guerra contra os EUA, depois que o governo do Trump proibiu as autoridades venezuelanas de entrarem no país.
"Nós fomos ameaçados descaradamente pelo império mais criminoso que já existiu e temos a obrigação de nos preparar para garantir a paz", disse Maduro, que usava um uniforme verde e um chapéu militar enquanto falava com o seu exército superior durante uma guerra militar Exercícios envolvendo tanques e mísseis. "Precisamos ter rifles, mísseis e tanques bem oleados pronto, para defender cada centímetro do território, se necessário", acrescentou.
A administração do Trump tomou uma posição radical contra o regime de Maduro ao proibir empréstimos de dinheiro ao governo venezuelano ou a sua companhia estatal de petróleo, PDVSA, além de implantar sanções contra Maduro e seus altos funcionários.
Maduro referenciou as sanções durante seu discurso na base militar. Enquanto falava, caças militares russos voavam no céu como parte do exercício de treinamento, informou a Agence France-Presse. "O futuro da humanidade não pode ser o mundo das sanções ilegais, da perseguição econômica", disse Maduro.
Maduro manteve o poder na Venezuela, apesar das crescentes crises políticas e econômicas que sofrem há meses, bem como as manifestações violentas e anti-governamentais na nação venezuelana. O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino, apoiou Maduro durante a revolta, mas alguns críticos começaram a sugerir que existem boatos quede que os militares pudessem romper com o ditador e apoiar um golpe contra o presidente, disse Herbert Garcia, ex-exército geral e ministro, à Reuters em agosto. Ao total houveram três tentativas de golpes militares na Venezuela desde 1992.
A Rússia defendeu Maduro nos últimos meses, chegando a acusar Trump de se preparar para uma invasão de Caracas. "Estamos fortemente contra sanções unilaterais contra estados soberanos", disse em agosto a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova. "Vamos analisar cuidadosamente as implicações das sanções impostas pelos Estados Unidos e seu possível efeito sobre os interesses da Rússia e das empresas russas. Já podemos dizer que não afetarão nossa vontade de expandir e fortalecer a cooperação com a nação amigável Venezuela e seu povo ".
O presidente Donald Trump resolveu enfim se posicionar e mirou toda sua artilharia de insultos em direção à Venezuela durante um discurso das Nações Unidas no início deste mês. Ele disse que Washington poderia intervir na Venezuela para ajudar seus cidadãos a 'recuperar seu país'. Para Trump está na hora de atitudes serem tomadas. "Não podemos ficar parados e assistir a tudo isso", disse ele.
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