A diretoria de um colégio de Umuarama (noroeste do Paraná) encontrou forma eficaz para prevenir a proliferação dos aracnídeos, principalmente escorpiões, como ocorre agora, com a temperatura em elevação. A ideia era achar uma solução natural, que não interrompesse o andamento das aulas e não oferecesse risco aos alunos.
Após pesquisa, as diretoras do Colégio Sapiens, Rosi Mary Caparroz e Rosilene de Fátima Delmônico Moro, decidiram colocar galinhas d’angola no pátio da escola. Quatro delas foram adquiridas e foram separadas em setores diferentes em duplas
As galinhas d’angola foram escolhidas por se alimentarem desses animais peçonhentos. E a convivência com os alunos tem sido boa, relatam as diretoras. “As galinhas são bastante discretas e os alunos gostaram da ideia delas no colégio”, explica Rosilene ao portal O Bom Dito.
As diretoras lembram que tiveram dificuldade para comprar a galinha d’angola em Umuarama. “Tentamos em algumas casas agropecuárias, mas nenhuma delas tinha. Depois conseguimos com uma pessoa que presta serviços aqui no colégio e reside em um sítio”, conta Rose.
O escorpião amarelo é o mais venenoso - Foto: Divulgação
Após o surgimento de dois escorpiões pretos no pátio – considerados de baixo risco, ao contrário dos de cor amarela, que são mais venenosos – mais medidas de prevenção foram adotadas. O parque infantil foi temporariamente fechado e as vistorias em todo o terreno se tornaram frequentes.
Além disso, o responsável pelos jardins está realizando a poda e limpeza em canteiros. A intenção é evitar lugares onde o aracnídeo possa se esconder. Neste ano, duas crianças morreram no Paraná após serem picadas por escorpiões.
Predadores naturais
O uso de predadores naturais é uma das formas mais eficazes para combater o escorpião. Além da galinha d’angola, várias espécies de aranhas, lagartos, louva-a-deus, corujas, seriemas, macacos, sapos e pássaros estão incluídos entre os ‘inimigos’ dos escorpiões. Os sapos são considerados ainda mais eficazes que as galinhas, por terem hábitos noturnos. Com isso, a possibilidade de encontro com os animais peçonhentos é maior – ao contrário das galinhas, que têm hábitos diurnos.
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