Curto, longo, cacheado, liso, louro ou castanho, todas as mulheres se preocupam em estar com eles bonitos e saudáveis. No entanto, apesar de todos os cuidados com o próprio cabelo, algumas acabam se vendo aterrorizadas pela falta dele. Apesar de ser uma doença que atinge mais a classe masculina, a calvície feminina também existe e é responsável pela queda em aproximadamente 5% das mulheres.
A alopecia androgenética – como é conhecida cientificamente - é causada por uma hipersensibilidade de receptores hormonais no couro cabeludo, levando ao afinamento progressivo do fio de cabelo até a sua completa obstrução. É considerada uma doença hereditária e por isso pode passar de pais para filhos. Porém, as causas podem ser também hormonais, emocionais e nutricionais.
Quando genética, o processo acontece devido à ação da enzima 5-alfa-redutasse sobre o hormônio testosterona (a mulher também apresenta este tipo de hormônio, porém em menor quantidade que o homem) resultando no subproduto DHT (di-hidrotestosterona). Este último age sobre os folículos pilosos, provocando seu afinamento e miniaturização.
Já as causas hormonais geralmente acometem pessoas vítimas da tireoide desregulada, ou com a síndrome do ovário micropolicístico e até mulheres no pós-parto.
As emocionais estão ligadas a problemas como depressão, ansiedade e estresse. Isso porque as variações psicológicas podem afetar diretamente na perda de cabelo em função do estado de saúde do paciente e até mesmo por conta de alguns medicamentos.
E as causas nutricionais acontecem devido à falta de vitaminas e minerais indispensáveis para que os fios nasçam saudáveis e cresçam.
De acordo com a esteticista Nayara Andadre os primeiros sinais podem começar ainda cedo, logo ao final da adolescência ou começo da fase adulta. “A queda a princípio não é perceptível, mas com o passar do tempo o couro cabeludo vai ficando visível e quando a mulher vê já está com falhas por toda cabeça”, explica a profissional.
Para distinguir as causas, Nayara alerta que um diagnóstico detalhado dever ser feito por um dermatologista. “Esse é o primeiro passo, o médico vai pedir exames específicos para determinar de onde vem o problema”, ressalta.
Já o tratamento vai depender o que esses exames indicaram. Para cada problema é recomendado um protocolo diferente. Entre os mais usuais estão os tratamentos orais com suplementos vitamínicos; os injetáveis com enzimas e vitaminas, aplicadas diretamente no couro cabeludo; e até mesmo os transplantes nos casos em que não se obtém resposta.
Para trazerem resultados satisfatórios os tratamentos devem ser a longo prazo, como explica a profissional. “É um tratamento contínuo e demorado. Se a paciente tiver paciência conseguimos alcançar melhoras significativas e até reverter a situação totalmente”, esclarece a esteticista que também alerta que caso o tratamento seja interrompido, "o processo se reinicia e a queda voltará a acontecer".
Uma boa dica para evitar o problema são os cuidados diários. De acordo com Nayara, bons hábitos e produtos de qualidade ajudam a fortalecer o bulbo. “Manter os fios sempre limpos, usar cosméticos indicados para cada cabelo, evitar fontes de calor, como chapinha e secador e ter uma alimentação saudável”, recomenda.
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