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Memória celular é capaz de definir personalidade e comportamento tanto quanto nosso cérebro

Para quem nunca ouviu falar a teoria da memória celular sugere que nossos órgãos são capazes de armazenar costumes, práticas e traços da personalidade de cada indivíduo. Seguindo esse pressuposto, acredita-se que o ser humano age e responde seguindo não s

Da Redação

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Segundo cientistas nossa mente responde a comandos de todo nosso corpo e não apenas neurológicos. (foto - google)
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Segundo cientistas nossa mente responde a comandos de todo nosso corpo e não apenas neurológicos. (foto - google)
Escrito por Da Redação
Publicado em 21.09.2017, 12:11:00 Editado em 21.09.2017, 13:29:06
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Para quem nunca ouviu falar a teoria da memória celular sugere que nossos órgãos são capazes de armazenar costumes, práticas e traços da personalidade de cada indivíduo. Seguindo esse pressuposto, acredita-se que o ser humano age e responde seguindo não só seus indicativos neurológicos, mas sim de todo seu corpo.

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Estudos baseados em pessoas transplantadas reforçam essa teoria, já que há vários casos registrados na ciência de pacientes que foram submetidos a cirurgia de transplante de órgãos, os quais passaram a adotar comportamentos dos seus doadores.

Reunimos aqui quatro casos interessantes e ao mesmo tempo misteriosos que dão mais ênfase a esse estudo.

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1 - Jamie Sherman, um jovem de 24 anos, acordou com uma descontrolada vontade de brigar, ao acordar após um transplante de coração. Curiosamente, seu doador morreu por conta de uma pancada na cabeça durante uma briga. As coincidências não param por aí, Sherman também passou a desenvolver grande apreço pela culinária mexicana, a qual seu doador também era adorador.  

2 - Sonny Graham também passou por um transplante de coração e após a cirurgia alguns fatos chamaram atenção pela semelhança. Ele acabou se apaixonando pela esposa do seu doador e os dois chegaram a se casar. No entanto, a história tem final triste, isso porque o doador se matou com um tiro no pescoço e anos mais tarde Graham também cometeu suicídio, repetindo o mesmo ato.

3 - Amy Tippins tinha 17 anos quando recebeu o fígado de um militar aposentado. O homem que salvou a vida de Amy trabalhava ajudando e protegendo a vida das pessoas. Uma de suas vocações também era construir objetos dos mais variados tipos. Após o transplante, a jovem começou a criar várias coisas e um de seus lugares preferidos passou a ser uma casa de materiais de construção. Ela também adotou novos hábitos e comportamentos em prol dos outros.

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4 - Claire Sylvia, na época 47 anos de idade, passou por um transplante de coração e pulmão. Após a cirurgia, ela começou a apreciar bebidas e alimentos que antes não agradavam seu paladar, como cerveja, pimentões e nuggets de frango do McDonald’s. Coincidentemente seu doador, um jovem de 18 anos morreu em um acidente de carro, logo após passar na rede de fast food. No veículo, policiais encontraram nuggets que ele havia comprado no local. O rapaz também era fã de pimentões e adorava cerveja. Claire ainda começou a sonhar com seu doador e tinha seu nome sempre em mente antes mesmo de saber quem ele era. Tempos depois lhe foi revelado seu nome e sua identidade confirmando que ele era o mesmo que aparecia em seus sonhos.

O livro "Supersentido -Porque Acreditamos no Inacreditável" do cientista Bruce Hood traz um capítulo que trata sobre esse assunto e deixa uma pergunta ao leitor:  Você Receberia um Transplante de Coração Voluntariamente se o Doador Fosse um Assassino?". No material, o autor fala sobre o fato de que realmente somos capazes de adquirir traços de personalidade e comportamentos a partir do doador.

“Lynda e Ian são casados há mais de 30 anos e compartilham uma intimidade muito maior e mais profunda do que a maioria dos casais conseguiria ter. Em 2005, Ian Estava sofrendo de insuficiência renal quando os médicos descobriram que Lynda era uma doadora compatível. Ela nem mesmo hesitou, e a operação salvadora foi um sucesso. (...) Ian é um homem típico, que detesta fazer compras, cuidar do jardim, cozinhar e realizar todas as outras atividades que Lynda aprecia. A ideia de que Ian gostasse de fazer compras era muito estranha. Ian começou a gostar de ajudar no cuidado com o jardim e a cozinhar, sendo que anteriormente não fazia mais do que esquentar alguma comida congelada para a janta.

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(...) Em particular, nós sonhamos várias vezes com as mesmas coisas. Na noite passada, Lynda acordou e disse que tinha tido um sonho estranho, com uma casa branca em um campo verdejante próximo do mar. Eu tive exatamente o mesmo sonho. Será verdade que nosso DNA está se misturando? É assim que isso pode acontecer? (...) A única resposta sensata, de acordo com Ian, é que ele e Lynda agora têm uma ligação em comum porque uma parte da esposa está dentro dele. Ele absorveu uma parte dela e agora está se transformando nela, de certo modo.”

Outro cientista, o português Lars Jansen, foi premiado pelo Crioestaminal 2009 por suas investigações sobre memória celular. Ele afirma que as células não são formadas apenas por genes mas sim por outras heranças que lhes dão identidade própria.

O neuropsicólogo Paul Pearsall, conhecido internacionalmente deu uma entrevista à Revista Planeta onde também defendeu a teoria e afirmou que as células têm memória e o coração carrega um código energético especial. “As células do coração são as únicas células rítmicas. Elas pulsam mesmo quando estão fora do corpo. Não é insensato sugerir que milhares de células do coração ressoando juntas e expostas a bilhões de células do sangue que passam pelo coração, a cada segundo, podem conter memórias. (...)”.

Ainda de acordo com o profissional, o “DNA do nosso corpo contém o nosso código genético e age como uma espiral de cobre, permitindo que os nossos genes transmitam códigos elétricos entre si.”

Se for verdade todas essas teses fica comprovado que nossa mente responde a comandos que independem apenas do nosso cérebro. Estudos como estes trazem grandes questionamentos sobre a ciência humana e nossas limitações, mas acima de tudo a certeza de que o nosso corpo é mais poderoso do que podemos imaginar. 

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