Três sítios, totalizando aproximadamente 10 alqueires de área colhida de trigo, foram queimados na tarde desta quarta-feira (20), em Ivaiporã, na região central do Paraná. De acordo com as informações do Corpo do Corpo de Bombeiros, o incêndio ocorreu por volta das 15 horas e teria iniciado nas proximidades da Vila Nova Porã. Apesar da colheita do cereal já ter sido realizada, o prejuízo é certo para os proprietários, já que a palhada serve de adubação verde para o plantio da soja.
Segundo o bombeiro Mauricio Sanches, apesar das dificuldades de combate ao fogo devido à extensão da área, as chamas foram controladas com apoio de agricultores. “O fogo se propagou muito rápido, mas tivemos a felicidade de contar com o pessoal que usou as grades dos tratores para fazer o cerco as chamas, evitando assim que o fogo ganhasse maiores proporções”, relata.
Sanches ressalta que, devido ao tempo seco, a população deve redobrar cuidados simples, como evitar jogar bitucas de cigarro próximo às áreas rurais, ou até mesmo atear fogo em entulhos. “Também há risco para as pessoas que param perto da estrada para ver o incêndio. Hoje, mesmo um motorista curioso parou o carro e saiu para ver as chamas de outro local. Após um vento forte, o veículo quase foi atingido. A sorte desse motorista foi que ele havia deixado o carro aberto e a intervenção rápida de um colega que conseguiu retirar o carro do local”, completou Sanches.
SETEMBRO VERMELHO
Setembro registrou 1.282 focos de incêndio em todo o Paraná. É o maior número registrado neste mês nos últimos 12 anos, segundo dados do Corpo de Bombeiros e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O órgão estadual atende uma ocorrência a cada 13 minutos, sendo a região de Maringá, no Noroeste do Estado, e Curitiba as localidades com maior número de casos.
Para Paulo Barbieri, meteorologista do Simepar, o número de queimadas cresce em setembro por causa do clima seco e sem chuvas. “Há um bloqueio atmosférico, uma massa de ar quente que está sob o Estado e não deixa as frentes frias chegarem até o solo”, conta. É algo típico da estação mais fria do ano, que é seca e não tem muitas ocorrências de chuva.
A cidade de Maringá registrou altos índices porque teve o setembro mais seco dos últimos 17 anos. “Essa situação, no entanto, pode mudar porque restam 11 dias para terminar o mês e há possibilidade de chuva nas próximas semanas”, salienta Barbieri.
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