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Governo fica em alerta após aumento dos casos de picadas de escorpiões no Paraná

Após epidemia em algumas cidades  e aumento significativo do número de casos de pessoas picadas por escorpiões nas últimas semanas no Estado, inclusive com a morte de duas crianças, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) do Paraná está em alerta e divulgo

Da Redação

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No Paraná, existem vários tipos de escorpiões nativos, como o marrom (Tityus bahiensis) - Foto: Divulgação
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No Paraná, existem vários tipos de escorpiões nativos, como o marrom (Tityus bahiensis) - Foto: Divulgação
Escrito por Da Redação
Publicado em 19.09.2017, 07:26:00 Editado em 19.09.2017, 20:21:45
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Após epidemia em algumas cidades  e aumento significativo do número de casos de pessoas picadas por escorpiões nas últimas semanas no Estado, inclusive com a morte de duas crianças, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) do Paraná está em alerta e divulgou comunicado à população destacando a importância sobre cuidados para evitar acidentes com animais peçonhentos e, em caso de picadas de aranhas, escorpiões e serpentes, por exemplo, para a necessidade de procurar assistência médica com a maior urgência. 

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Segundo a Sesa, nos oito primeiros meses de 2017 foram registrados 800 casos de picadas por escorpiões no Paraná, a maioria crianças, e em setembro os registros de casos dessa natureza apresentaram uma frequência acima da média. 
As regionais de saúde de Maringá (168), no norte do Paraná, Paranavaí (107), no noroeste do Estado, e Ponta Grossa (90), na região dos Campos Gerais, foram as que mais registraram casos desa natureza.

Centro de controle
O governo do Paraná mantém em Curitiba o Centro de Controle de Envenenamentos do Paraná (CCE) para orientar a população e profissionais de saúde sobre os encaminhamentos quando necessário. O serviço tem atendimento 24 horas pelo telefone 0800 410 148.

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“A agilidade em administrar o soro antiveneno em acidentes com peçonhentospode fazer a diferença entre a vida e a morte. A orientação fornecida por telefone pode auxiliar na identificação da gravidade do caso e indicar o melhor encaminhamento”, explica a chefe da Divisão de Vigilância em Zoonoses e Intoxicações, Tânia Portella Costa.

De acordo com ela, os centros de informações e assistência em toxicologia, como o CCE, prestam atendimento em envenenamentos e fornecem consultoria em urgências toxicológicas, animais peçonhentos e venenosos através de plantão telefônico 24 horas. Esse suporte auxilia os profissionais de saúde no diagnóstico e tratamento além de fornecer informações gerais e de prevenção para a população.

No Paraná, os antivenenos estão disponíveis na rede de saúde através das 22 regionais da Secretaria de Estado da Saúde e, ao todo, existem 212 centros de referência para aplicação dos soros.

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Precauções
Uma das orientações para evitar acidentes com animais peçonhentos é não acumular entulhos e lixo, o que facilita o esconderijo e a proliferação desses animais. A superintendente de Vigilância em Saúde, Júlia Cordelini, chama a atenção para o risco a que estão sujeitos principalmente crianças e idosos.

“As crianças são mais sensíveis à toxidade do veneno pela baixa massa corpórea e os idosos por sua fragilidade física. No entanto, o risco aos acidentes é comum para todos, o que demanda cuidados e prevenção”, ressaltou.

Números
Em 2016, o Paraná registrou mais de 14 mil acidentes com animais peçonhentos, sendo que as picadas de escorpiões somaram 1.738 casos. Neste ano, de janeiro a setembro (dados preliminares), já foram computados 924 acidentes com escorpiões. No mesmo período de 2016, o Paraná registrou 990 casos.

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Escorpiões
 No Paraná, existem vários tipos de escorpiões nativos, como o marrom (Tityus bahiensis, Tityus costatus, Ananteris sp) e o pretinho, do gênero Bothriurus, espécies que não apresentam acidentes graves. No entanto, a partir da década de 1980 foi introduzido no Estado o escorpião amarelo (Tityus serrulatus), espécie de maior periculosidade, sendo o principal causador dos óbitos, principalmente em crianças.

Segundo o biólogo da Secretaria da Saúde, Emanuel Marques da Silva, o escorpião amarelo é uma espécie que se reproduz com rapidez. “É uma espécie generalista com grande capacidade de adaptação a ambientes alterados, como os ambientes domiciliares e seu entorno. A presença de apenas um exemplar pode provocar a infestação, porque a fêmea se reproduz de forma assexuada (partenogênose), sem a necessidade do macho”, explicou.

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A espécie prefere se proteger em ambientes quentes e úmidos, saindo para caçar e se alimentar. No ambiente domiciliar o escorpião amarelo se abriga sob madeiras velhas, lenha, telhas, tijolos, restos de construção, entulhos e principalmente frestas em calçadas, muros e paredes.

“O lixo domiciliar mal acondicionado, restos de alimentos e sujeira nos domicílios atraem insetos, como baratas e outros que são alimentos dos escorpiões. Dessa forma, estes animais têm abrigo, alimento e água no entorno das habitações”, detalha o biólogo.

Para evitar acidentes, é importante que as pessoas removam materiais desnecessários, mantenham o lixo domiciliar acondicionado de forma adequada e fechem as frestas para que os escorpiões não se instalem e se reproduzam nas casas.

Veja algumas orientações para prevenir
acidentes com animais peçonhentos
Usar calçados e luvas nas atividades rurais e de jardinagem;
Examinar calçados e roupas pessoais, de cama e banho, antes de usá-las;
Afastar camas e berços das paredes;
Não deixar que lençóis ou cobertores sobre a cama e berço encostem no chão. Aranhas e escorpiões podem utilizá-los como apoio para subir e se abrigar entre tecidos e travesseiros;
Não acumular lixo orgânico, entulhos e materiais de construção;
Vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos, forros e rodapés;
Utilizar telas, vedantes ou sacos de areia em portas, janelas e ralos;
Manter limpos os locais próximos das residências, jardins, quintais, paióis e celeiros.
Em caso de dúvidas, ligue para o telefone 0800 410148 (Centro de Controle de Envenenamentos do Paraná).

Veja abaixo vídeo de ataque do escorpião mais venenoso do mundo

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