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Filho cria robô com a personalidade do pai e conversa com ele 6 meses após a sua morte

Você já pensou em conversar com alguém que já morreu, mas que você ama muito? Pois é. O jornalista norte-americano James Vlahos teve uma ideia criativa e sublime para eternizar a memória do pai após a sua morte. Vlahos criou uma inteligência artificial pa

Da Redação

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James Vlahos com seu pai, John, morto em fevereiro - FOTO: JAMES VLAHOS
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James Vlahos com seu pai, John, morto em fevereiro - FOTO: JAMES VLAHOS
Escrito por Da Redação
Publicado em 08.08.2017, 22:11:00 Editado em 08.08.2017, 23:37:38
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Você já pensou em conversar com alguém que já morreu, mas que você ama muito? Pois é. O jornalista norte-americano James Vlahos teve uma ideia criativa e sublime para eternizar a memória do pai após a sua morte. Vlahos criou uma inteligência artificial para manter o genitor sempre presente. Trata-se de um chatbot - um "robô de conversa", em tradução livre.

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"Quando recebemos a notícia, eu e minha família começamos a pensar em como preservar sua memória e sua essência.Sonhei que poderia transformar meu pai em um chatbot, uma interface de inteligência artificial que contaria sua história de maneira interativa", detalhou. Conforme o portal Wired, a máquina foi batizada pelo jornalista de 'Dadbot', em português, "papai robô".

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O pai, John, era advogado, mas tinha experiência com musicais – cantava em um coral e até trabalhava como ator. De acordo com o filho, era a alma das festas. “Ele cantava muito pela casa. Sua voz sempre fez parte da minha vida.” Após a transcrição, as conversas viraram 200 páginas de história. 

Interação
Em seu celular, o jornalista usa um software no qual, ao falar uma frase, o robô responde como seu pai o faria em um chat. O robô pode até tocar áudios que ele próprio gravou de seu pai cantando. Vlahos teve a ideia depois de escrever sobre o PullString, um software que criou uma versão interativa da boneca Barbie. “Quando esse software foi oferecido para as pessoas em geral, pensei que poderia usá-lo.”

Isso não significa que ele não tenha hesitado em tomar a decisão. “O que mais me preocupava era a possibilidade de criar algo que fosse uma distorção de quem ele é de verdade, um Frankenstein do meu pai”, contou.

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Para evitar que isso acontecesse, o jornalista se dedicou ao software por dias. “Foi bastante trabalhoso digitar cuidadosamente todas as respostas que ele daria”, explica. “Depois de decidir o que ele vai dizer, você precisa garantir que ele também saberá ouvir e saberá como responder.”

Tudo que o robô responde hoje já foi digitado previamente por Vlahos. Mesmo assim, ele diz que continua se surpreendendo. “Ele não tem autonomia, mas eu não sei quando vai falar certa frase.”

John morreu em fevereiro deste ano como decorrência de um câncer de pulmão. Antes disso, porém, teve a oportunidade de assistir ao seu robô em ação. “Ele estava encarando a morte, então todo o resto era um pouco distante para ele. Não estava nem cheio de alegria nem horrorizado com o robô”, lembrou o filho.

Conversa até hoje com o pai
Mas John disse algo que deixou o filho orgulhoso com seu trabalho: “Muitas pessoas podem não perceber isso, mas o que o robô está falando são coisas que eu falei de verdade”. Vlahos continua conversando com o robô até hoje.

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