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Prefeitura denuncia que enfermeiros em greve abandonaram 108 pacientes internados em Curitiba 

A Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba registrou queixa no 8º Distrito da Polícia Civil contra 31 auxiliares de enfermagem e enfermeiros, na noite de terça-feira (11). De acordo com a denúncia, os funcionários da saúde abandonaram seus postos no Hosp

Da Redação

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Enfermeiros e técnicos de enfermagem não apareceram para a troca de turno no Hospital do Idoso Zilda Arns, comprometendo o atendimento ao público - Foto: Reprodução/RICTV Curitiba
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Enfermeiros e técnicos de enfermagem não apareceram para a troca de turno no Hospital do Idoso Zilda Arns, comprometendo o atendimento ao público - Foto: Reprodução/RICTV Curitiba
Escrito por Da Redação
Publicado em 12.07.2017, 10:18:00 Editado em 12.07.2017, 11:39:41
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A Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba registrou queixa no 8º Distrito da Polícia Civil contra 31 auxiliares de enfermagem e enfermeiros, na noite de terça-feira (11). De acordo com a denúncia, os funcionários da saúde abandonaram seus postos no Hospital do Idoso e deixaram desassistidos 20 pacientes internados na UTI e 88 nas enfermarias, omitindo socorro e pondo em risco a vida dos internados. Além disto, provocaram o cancelamento de sete cirurgias programadas, acrescentaram fontes do Executivo Municipal da capital do Paraná.

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A prefeitura acrescentou que, sob alegação de greve, os funcionários contratados pela Feaes (a Fundação Estatal de Atenção Especializada em Saúde de Curitiba) não cumpriram a escala estabelecida, com 35 profissionais para o atendimento na noite. Apenas quatro compareceram ao turno.

Para não deixar desassistidos os pacientes, a Secretaria de Saúde deslocou servidores de outras unidades de saúde para garantir o atendimento no Hospital do Idoso.

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A diretora Geral da Feaes, Adriana Kraft, considera as faltas uma atitude muito séria. “Como isso está colocando em risco a vida dos pacientes, com cancelamento de cirurgias, vamos acionar estes funcionários que abandonaram seus postos de trabalho via Conselho de Enfermagem e a Procuradoria Geral do Município vai acionar a justiça pelo descumprimento do acordo judicial com a presença do mínimo necessário nos hospitais”, disse.

Adriana afirmou também que as reivindicações da categoaria são impossíveis de serem alcançadas financeiramente. “Eles têm auxílio alimentação maior que todos os hospitais, querem 30 horas semanais e em todos os hospitais são 36 horas. E, além disso já houve acordo firmado com dissídio recebido e vale alimentação acima do valor dos demais servidores. Eles já receberam o aumento de 4,5% por dissídio e, mesmo assim, após o acordo estabelecido, não cumpriram o que foi acertado com a Justiça do trabalho”, completou a diretora. A Feaes informou que considera a greve abusiva, pois já houve acordo coletivo e os funcionários já receberam aumento.

Processo administrativo
A Prefeitura pede à Feaes a abertura de processo administrativo contra os funcionários que abandonaram seus postos pondo em risco a saúde dos pacientes. A Procuradoria Geral do Município também vai acionar a Justiça, pelo descumprimento de medida judicial obrigando o atendimento mínimo legal.

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Números divergentes
Segundo o Sindesc, o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Servidores de Saúde de Curitiba, que representa os funcionários em greve, os números são divergentes já que apenas 70 dos 1000 funcionários da Faes ligados ao sindicato assinaram o livro de greve, conforme o portal Banda B. Por isso, o Sindesc informou que vai analisar a denúncia de abandono pois os números não batem. Um posicionamento oficial será dado nesta quarta-feira  pelo sindicato.

Reivindicações
Na pauta de reivindicações a categoria pede 10% de aumento real; auxílio alimentação de R$ 630,00 mensais e incluído no 13º salário; jornada de trabalho de 30h semanais a todos os trabalhadores; além de outras solicitações não atendidas pela Fundação. Diante desta recusa, trabalhadores decidiram fazer greve por tempo indeterminado.

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