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Confira o que você realmente precisa saber sobre a maconha

A Cannabis sativa, popularmente chamada de maconha, é utilizada pelos seres humanos há milhares de anos, seja para fins religiosos, medicinais ou simplesmente por lazer.Até hoje os pesquisadores ainda estudam os efeitos que esta planta tem sobre nós de ma

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Escrito por Da Redação
Publicado em 10.07.2017, 11:43:00 Editado em 10.07.2017, 17:29:42
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A Cannabis sativa, popularmente chamada de maconha, é utilizada pelos seres humanos há milhares de anos, seja para fins religiosos, medicinais ou simplesmente por lazer.

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Até hoje os pesquisadores ainda estudam os efeitos que esta planta tem sobre nós de maneira mais aprofundada, mas isso acaba se transformado em desafio, em razão do tabu envolvendo a droga.Além das razões éticas que influenciam as pesquisas, o status ilegal da planta em grande parte do mundo é um enorme empecilho. O portal Discover Magazine compilou todas as informações relevantes que a ciência descobriu sobre a maconha. Confira a seguir:

Nosso corpo tem canabinoides naturais
Canabinoide é qualquer produto químico que interage com os sistemas cannabinoides do corpo humano; estes incluem canabinoides provenientes da maconha (fitocanabinoides), do nosso próprio corpo (endocanabinoides) ou de variações sintéticas. Na década de 1990, os pesquisadores perceberam que os seres humanos podem produzir seus próprios canabinoides através do sistema endocanabinoide do corpo (abreviado pela sigla ECS). O ECS é um complexo sistema de sinalização química que tem dois receptores principais localizados em muitas áreas do corpo humano.

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Poder medicinal
A Cannabis sativa tem centenas de compostos químicos, de ácidos graxos aos terpenos que lhe dão seu cheiro distinto. No entanto, os seus compostos mais estudados são os canabinoides. 

Confira abaixo algumas subclasses dos canabinoides 
mais comuns e seu impacto geral no corpo:
Canabidiol (CBD): analgésico; anti-inflamatório; antioxidante; redutor de ansiedade; antipsicótico; supressor de espasmos musculares.
Tetraidrocanabinol (THC): analgésico; anti-inflamatório; antioxidante; euforizante; supressor de náusea e vômitos.
Canabigerol (CBG): analgésico; anti-inflamatório; antibiótico; antifúngico.
Canabicromeno (CBC): analgésico; anti-inflamatório; antibiótico; antifúngico.
Canabinol e canabidiol (CBN e CBND): anti-inflamatório; antibiótico; sedativo; anticonvulsivante.Outros canabinoides incluem canabiciclol (CBL), canabielsoin (CBE), canabitriol (CBT) e mais.

Componente da maconha protege o cérebro contra Alzheimer
Vários estudos descobriram que os canabinoides podem ajudar a tratar doenças específicas. No entanto, esses estudos usaram doses diferentes, administraram essas doses de forma diferente, e usaram combinações de canabinoides com diferentes proporções. Logo, os resultados são difíceis de serem comparados e nem sempre concordam entre si. Apesar disso, existem algumas condições nas quais os canabinoides parecem medicamente úteis:

Distúrbios neurológicos ou psiquiátricos
: o CBD parece ajudar no tratamento de distúrbios de ansiedade e pânico, diminuir sintomas psicóticos da esquizofrenia e do mal de Parkinson, bem como ajudar no controle motor no mal de Parkinson.
Função cardíaca: a combinação de THC e CBD relaxa algumas artérias.
Complicações digestivas: o THC diminui náusea e vômitos relacionados a produtos químicos, e melhora sintomas da síndrome do intestino irritado.
Complicações do sistema imunológico: a combinação de THC e CBD altera o crescimento e função de certas células imunes.
Distúrbios do sono: o THC melhora a quantidade e a qualidade do sono em algumas pessoas; o CBD deixa as pessoas mais alertas.
Inflamações: quase todos os compostos canabinoides servem como anti-inflamatórios.
Dor: quase todos os compostos canabinoides servem como analgésicos.
Outras condições: o THC alivia a dor relacionada à esclerose múltipla, enquanto a combinação de THC e CBD alivia os espasmos musculares; para pacientes com AIDS, o THC melhora o apetite, auxiliando no ganho de peso; o CBD diminui as convulsões em epilépticos; para pacientes com câncer, a combinação de THC e CBD diminui a náusea relacionada a quimioterapia, alivia a dor e estimula o apetite.

Efeitos colaterais da Cannabis sativa
Sim, existem benefícios do uso da maconha, mas também existem sérias desvantagens. Até agora, os estudos descobriram os seguintes efeitos colaterais:

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Função cerebral e saúde mental: o uso a longo prazo pode levar a distúrbios de pânico e psicose. Se você é um usuário de longa data que começou a fumar maconha em sua adolescência, isso pode te predispor a depressão. Para completar, a exposição repetida ao THC pode ter um efeito negativo nas áreas do cérebro que lidam com a formação de memórias, como o hipocampo e o córtex pré-frontal.
Saúde cardíaca: mesmo o uso leve de maconha pode fazer com que seus batimentos cardíacos aumentem e mexer com seus níveis de pressão arterial e fluxo sanguíneo (tanto aumentar quanto diminuir).

Saúde sexual e reprodutiva: para os homens, o uso crônico de maconha pode levar a disfunção erétil e uma diminuição no funcionamento sexual geral (prazer, orgasmo, desejo e excitação).
Se você quer ter filhos, más notícias: o THC restringe a mobilidade do esperma e sua capacidade de se fundir com óvulos. Usuários muito habituados (que fumam oito ou mais cigarros de maconha por dia) correm o risco de reduzir sua contagem de esperma. Quanto às mulheres, os pesquisadores ainda não investigaram profundamente como a Cannabis as afeta sexualmente. Estudos que analisaram a fertilidade feminina não foram conclusivos.

Dependência
: não existe overdose de maconha, mas você pode desenvolver dependência. Até 17 milhões de pessoas se encaixam na classificação oficial quando se trata do vício em Cannabis. Entre os fatores inclusivos, estão a incapacidade de diminuir o consumo, o uso mesmo se você teve problemas físicos ou psicológicos relacionados à maconha, e gastar mais tempo do que você gostaria atrás de comprar a droga e se recuperar de seus efeitos. Se você está tentando acabar com esse hábito, espere sintomas de abstinência como mudanças de humor, falta de apetite e problemas para dormir. 

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