A presença constante de um cachorro nas vielas do Cemitério Municipal de Maringá (norte do Paraná)chama atenção e desperta curiosidade nas pessoas que vão até o local. O inusitado personagem foi chama-se Bebê e é um vira-lata de três anos, que há cerca de seis meses acompanhou o enterro de seu dono e foi esquecido – ou abandonado – pelos parentes do falecido no cemitério, conforme apurou o jornalista Alexandre Gaiotto, de O Diário.
Segundo ele, o cão foi adotado pelos funcionários do local e, desde então,Bebê é uma figura onipresente nos enterros maringaenses. Uma espécie de 4º funcionário oficial das cerimônias, junto à dupla de coveiros - sempre em silêncio - e ao motorista de terno e gravata que guia o carrinho de golfe, levando o caixão e as coroas de flores.
Cão mascote é respeitoso durante as cerimônias fúnebres
Foto: João Paulo Santos, o Diário
"Até late no hora do sepultamento"
"Ele é a nossa alegria em um ambiente onde geralmente a tristeza predomina", contou ao jornalista Gaiotto o coveiro Damião de Souza, o melhor amigo do Bebê. "Nos enterros, todo mundo gosta dele. Quando tem aplausos na hora do sepultamento, ele até late!", detalha.
Cão já acompanhou número incontável de sepultamentos
Conforme o coveiro, é impossível calcular, até o momento, quantos enterros já foram testemunhados pelo cachorro Bebê.
O Cemitério Municipal de Maringá recebe de 2 a 14 mortos diariamente, num lamurioso entra e sai de caravanas de familiares emocionados e, por isso mesmo, nenhum coveiro sabe exatamente onde foi sepultado o antigo dono do Bebê.
Cachorro fica atentos antes de mais um sepultamento
Foto: João Paulo Santos, o Diário
Após acompanhar os enterros, Bebê vai para a sua casinha de lajota, no estacionamento onde ficam as motocicletas dos funcionários do cemitério, onde sempre há uma saborosa e nutritiva refeição à sua espera.
Alimentação custa R$ 24 e e bancada por coveiro por mês
O coveiro Damião de Souza é responsável pelo investimento de R$ 24 por mês para custear a alimentação do mascote do cemitério.Em seis meses de convivência harmoniosa, Bebê trouxe um pouco alegria aos funcionários do local que, invariavelmente, convivem diariamente com cenas tristes e dolorosas.
Bebê, o cão mascote de cemitério em Maringá
Fotos: João Paulo Santos, o Diário
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