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Queda tímida de juros do Plano Safra descontenta produtores

O governo federal divulgou na semana passada o novo Plano Safra 2017/2018. A proposta do governo gerou muitas críticas em todo o Brasil, principalmente com relação à taxa de juros que teve pequena redução, menor do que a esperada dentro da política de cor

Da Redação

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Volume de recursos anunciado para o Plano Safra é de R$ 190,25 bilhões de reais - Foto: TNONLINE
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Volume de recursos anunciado para o Plano Safra é de R$ 190,25 bilhões de reais - Foto: TNONLINE
Escrito por Da Redação
Publicado em 16.06.2017, 17:23:00 Editado em 16.06.2017, 17:35:42
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O governo federal divulgou na semana passada o novo Plano Safra 2017/2018. A proposta do governo gerou muitas críticas em todo o Brasil, principalmente com relação à taxa de juros que teve pequena redução, menor do que a esperada dentro da política de cortes de juros que vem sendo adotada pelo governo federal, com os cortes sucessivos da Selic. O volume de recursos anunciado é R$ 190,25 bilhões de reais.

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No custeio para propriedades médias e grandes, os juros caíram de 8,5% e 9,5% ao ano para 7,5% e 8,5% por cento. Nas linhas de financiamento para cultivo, produção e investimento por meio do Programa Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf) não houve mudança e os produtores familiares continuarão a ter taxa de juros que variam entre 2,5% e 5,5% ao ano. Para o Pronaf estão sendo ofertados R$ 30 bilhões, mesmo valor oferecido no ciclo 2016/17. Os agricultores familiares se queixam das dificuldades de acesso ao crédito. 

Esperavam incentivo maior
Marco Esquiçato, vice-presidente do Sindicato Rural de Ivaiporã (região norte do Paraná, em área de grande produção agrícola), afirma que que os produtores esperavam um incentivo maior. “A redução de apenas 1% na taxa de juros não condiz com a realidade hoje. No ano passado, a inflação acumulada era em torno de 10%, neste ano está por volta de 4%, por isso esperávamos uma taxa de 5,5% e 6,5%. Gostaríamos de um incentivo maior do governo para um setor tão importante para o equilíbrio das contas do país", assinala Esquiçato. 

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Desestimulados
O produtor Valdemar Mess também reclama das taxas de juros imposta ao crédito rural. “À medida em que o custo do crédito rural é alto, os agricultores ficam desestimulados a tomar empréstimos. Isso dificulta investimentos nas propriedades rurais”, reclama Mess. Outra reclamação, principalmente dos agricultores familiares é com relação ao acesso ao crédito rural. 

Muitas exigências e garantias
De acordo com Donizete Pires, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Ivaiporã, no ano passado, por exemplo, em todo o país apenas 62% dos recursos disponibilizados no Plano Safra foram acessados. “Principalmente em razão das exigências de garantias pelos bancos para liberar o crédito”, explica Pires. Ainda segundo dirigente sindical, algumas instituições financeiras condicionam a concessão de crédito não apenas ao tradicional penhor da safra, mas também a avalistas e à chamada hipoteca. “O problema é que boa parte dos produtores já dá a propriedade como garantia em financiamentos para adquirir máquinas agrícolas e outros equipamentos”, completa Pires.

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