Hoje em dia não vemos mais brinquedos como antigamente. Quem cresceu em meio aos anos 80 e 90 com certeza sente saudade das velhas brincadeiras de rua e também da espera que era chegar alguma data comemorativa para ganhar aquele brinquedo da moda.
Moda essa que vem voltando com força total tanto em música, vide o exemplo dos shows mais concorridos do momento como Molejo e É O Tchan, quanto em brinquedos que vem sendo procurados em bazares e também em lojas especializadas, como sebos e/ou lojas de brinquedos específicos para colecionadores.
Uma coisa é certa, os anos 80 e 90 foram os melhores possíveis e marcou suas gerações. Há também nas redes sociais páginas como ‘Me respeita porque eu sou dessa época’, onde relembram as músicas, as propagandas e alguns vídeos saudosos, como propaganda de chocolates que inclusive lançaram alguns nomes que hoje tem notoriedade nacional.
AS BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS
Quem não se lembra de ir para rua e desafiar o amigo na famosa ‘bets’. As vezes contávamos só com uma lata de óleo ou uma garrafa PET de 2 lts, dois pedaços de madeira e uma bolinha (que nunca sabíamos de onde vinha, geralmente algum primo rico esquecia na sua casa). A diversão era garantida e ia até altas horas da noite, sempre tirando tudo do caminho quando passava algum carro (moto tinha que desviar), muitas vezes a mãe precisava ir ameaçar para lembrarmos de voltar para casa.
Outra brincadeira muito conhecida entre essa geração era os famosos tazos. Os discos que não mediam mais que 8cm eram facilmente transportados em estojos e mochilas para que as crianças pudessem ‘bater’ e trocar com seus amigos na hora do recreio da escola. Alguns vinham em meio a salgadinhos e outros podiam ser adquiridos facilmente em qualquer banca de jornal.
A sensação que foi lançada no tala de 87, mas que levou anos para sair dos pés da criançada eram os adorados Pogobols. Como eram disputados. Se você nunca participou de uma competição com seus amigos, ainda dá tempo. Em muitos sebos é possível achar o xodó da molecada.
Para as meninas a diversão era ou brincar com sua boneca de casinha ou então o famigerado bambolê. Quem não se lembra da febre que foi lançada pelo grupo É O Tchan? As meninas faziam verdadeiros duelos entre si e muitas treinavam horas em casa só para conseguir ganhar, mantendo o aro mais tempo em sua cintura ou o girando em partes inusitadas do corpo, como pescoço, pés e até mesmo nos braços.
A sensação entre qualquer garoto dessa época era assistir Cavaleiros do Zodíaco. A mania foi tanta que eles se degladiavam para disputar quem era quem entre tantos personagens disputados como o Seiya ou o Shiryu. Haviam desde bonecos até a super trunfo dos personagens animados que fizeram a cabeça dos meninos da época.
O famoso super trunfo, mencionado acima foi outra febre nacional nos anos 90. Tinha os mais famoso e disputados, como o de carros – a potência era o que mais importava nesse jogo – até mesmo cartas com dinossauros, personagens animados e muitos outros. Assim como os tazos, as cartinhas do super trunfo eram facilmente transportadas e muito usadas até mesmo nas salas de aulas. Quem nunca teve o famoso baralho tomado pela professora não sabe o que é sentir saudade.
Falando em ser tomado pela professora, o nosso querido tamagotchi era outro item indispensável em qualquer lugar – especialmente na escola, não podíamos deixar o bichinho morrendo em casa – o que fazia dele nosso maior companheiro e nossa primeira experiencia de como ser responsável por outra vida – geralmente ele morria em 2, 3 dias, mas tudo bem. Alimentar, tirar o cocô, fazer carinho.... Tudo era valido e na maioria das vezes nem nome dávamos para o pobrezinho.
Já que estamos falando de tarefas domesticas que as crianças juravam que tinham, quem não se lembra dos brinquedos da Eliana? Era sorveteira, pipoqueira, máquina de chocolate, de macarrão.... Tínhamos tanta paixão pela loira do SBT que as vezes esquecíamos até da tia Xú. A rainha dos baixinhos, obviamente também marcou as gerações com suas bonecas. Quando foram lançadas a de tamanho ‘real’, tinha até fila de espera em lojas de brinquedos.
Diziam que a boneca da Xuxa tinha uma maldição... Muita lenda para a era pré internet.
Assim como o Gugu. O ‘loiro’ so SBT também lançou muitos brinquedos que viraram febre entre as crianças da época. Quem nunca sonhou em receber aquela coleção gigantesca de brinquedos que ele volte e meia entregava em seus programas? Tinha a toca do Gugu, o chutebol (aquela bola presa por um fio para treinar embaixadinha), o pula pula, o upa upa. Eram tantas as novidades do Gugu que quase sempre nos perdíamos no que ele lançava.
Outra estrela da TV brasileira que fazia com que as crianças implorassem para ter, era o Baby da Família Dinossauro. O programa por si só já era diversão para qualquer criança da época – e alguns adultos também), mas quando lançaram o boneco que falava ‘não é a mamãe’, foi o ápice do show.
Bem como as bonecas da Moranguinho. Qual menina não teve ao menos o brilho labial de morango? As garotas da época eram muito vaidosas, sempre em sua bolsinha ou mochila havia ao menos um item de maquiagem, se fosse o com o cheirinho de morango então, ou elas passavam ou elas comiam. Outro frisson entre as meninas eram as próprias bonecas que vinham com aquele cheirinho de morango e encantavam as pequenas.
O brilho era um acessório indispensável da época 80/90.
Há outros exemplos tão bons quanto as já mencionadas, porém não menos importantes, como o Genius.
O famoso Playmobil (quem nunca teve um corte playmobil, não sabe o que é viver nos anos 80/90)
Cara a Cara
Gravador da Gradiente
Ferrorama
Os ioiôs (sempre tinha que ter alguma marca envolvida):
Bonecos de Ação (O mais famoso dos anos 80, eram os bonecos do Comando em Ação):
Jogo da Vida
A realidade é uma só e tem de ser aceita. Os melhores brinquedos já fabricados e usados foram os do século passado. Não há tecnologia suficiente para substituir a sensação que cada um deles deu nas gerações passadas.
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