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Vazamento de conversa entre jornalista e fonte é criticado por profissionais da imprensa

O vazamento da conversa entre o jornalista político e Reinaldo Azevedo e Andrea Neves, irmão do senador Aécio Neves (PSDB/MG), resultando na pedida de desligamento por parte do jornalista à revista Veja e rádio Jovem Pan na noite da última terça-feira (23

Da Redação

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Jornalista político Reinaldo Azevedo. (Foto: Divulgação)
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Jornalista político Reinaldo Azevedo. (Foto: Divulgação)
Escrito por Da Redação
Publicado em 24.05.2017, 08:23:00 Editado em 24.05.2017, 08:46:24
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O vazamento da conversa entre o jornalista político e Reinaldo Azevedo e Andrea Neves, irmão do senador Aécio Neves (PSDB/MG), resultando na pedida de desligamento por parte do jornalista à revista Veja e rádio Jovem Pan na noite da última terça-feira (23) teve grande repercussão entre profissionais da imprensa devido a quebra do sigilo entre jornalista e fonte.

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A Constituição do Brasil assegura o sigilo da fonte como uma garantia ao direito de informar, permitindo a um jornalista não revelar a pessoa ou o órgão de quem obteve determinada informação. Tal direito não impediu a divulgação pela Procuradoria Geral da República da conversa entre Andrea Neves e o jornalista Reinaldo Azevedo.

Em nota a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo criticou a quebra do sigilo, afirmando que tal atitude por parte da PGR representa “violação do sigilo de fonte”. A entidade avalia que a divulgação sugere “a possibilidade de se tratar de uma forma de retaliação ao seu trabalho”.

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Diversos jornalistas se manifestaram em repúdio perante a divulgação do dialogo. Colega de Reinaldo Azevedo no programa ‘Os Pingos nos Is’, Victor LaRegina criticou a decisão tomada por Rodrigo Janot. “É de uma arbitrariedade sem precedentes a Procuradoria-Geral da República divulgar uma conversa de Reinaldo Azevedo com uma fonte”, disse o jornalista.

A colunista do jornal Folha de São Paulo foi direta em critica no Twitter: “O artigo 9° da lei que regula interceptações telefônicas é claro: gravação que não serve à prova será inutilizada”. Já a colunista do jornal "O Estado de S.Paulo", Vera Magalhães se mostrou preocupada com o cerceamento de um direito sagrado ao jornalismo. “Hoje é Reinaldo Azevedo. E amanhã?”

Em texto publicado em seu Facebook, o jornalista Rodrigo Constantino disse que não há motivos para festejar a demissão de Reinaldo Azevedo. “Vibrar só com o que foi revelado sem se importar com como isso aconteceu é temerário. Coisa de quem realmente não liga para o Estado de Direito”.

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Para o blogueiro do UOL, Leonardo Sakamoto a quebra de sigilo é inaceitável. “Quem celebra isso não entende que ou direitos e liberdades individuais valem para todos ou não vivemos uma democracia plena”, disse o jornalista em rede social.

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