A comoção gerada em torno do depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, vem do medo de alguns e alegria de outros, de o político ser preso nesta quarta-feira, após o seu interrogatório.
Mas de acordo com juristas especializados em casos similares ao de Lula, as chances de ele ser preso, logo após seu interrogatório são nulas. Apenas em casos raríssimos, juízes podem vir a condenar alguém nesta situação.
Mesmo que Moro tenha provas em mãos, o depoimento de Lula, nesta quarta, (10), é apenas um ato legal do processo, como a maior arma de defesa que o político possui, no momento, tendo a chance de dar sua versão dos fatos sobre as acusações fundadas contra ele.
Para Lula ser preso, ainda haveria um prazo de no mínimo cinco dias para que defesa e acusação aleguem suas teorias e assim ter um parecer do juiz encarregado do caso. Ainda que condenado, os advogados de Lula podem vir a recorrer com apelações, adiando ainda mais uma possível prisão, fazendo com que ela caía em uma segunda instância, para uma nova fase do julgamento.
Nem mesmo a prisão preventiva seria aplicável ao caso, pois como diz o nome, a prisão que preveniria o acusado de continuar a cometer os crimes, fugir ou atrapalhar o andamento da operação. Mas ainda assim, seria necessário muito mais que apenas testemunhos e acusações. Para prender preventivamente Lula, o juiz Sergio Moro necessita de provas concretas.
Lula que já chegou a Curitiba, viajou de São Paulo a capital paranaense utilizando o jatinho do ex-ministro envolvido no mensalão, ainda aguarda um parecer do STJ, ao qual seus advogados impetraram uma ação na noite de ontem para adiar novamente o interrogatório do ex-presidente, que está marcado para às 14h no prédio da Justiça Federal.
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