Abortos, torturas e execuções. Essa é a rotina descrita pela ex-guarda Lim Hye-jin, que atuava em um dos campos de concentração de prisioneiros na Coreia do Norte e hoje é uma das líderes da Nova União de Mulheres da Coreia.
Conhecido como Camp 12, o campo de concentração trata seus prisioneiros como verdadeiros animais. Seguindo o regime implementado pelo ditador Kim Jong-un, os guardas são orientados a não ter misericórdia dos prisioneiros.
Hye-jin conta que apesar de ser guarda do complexo, em diversas ocasiões foi mal tratada por "colegas". Ela conta que uma das vezes foi obrigada a desfilar nua na frente de outros guardas. A norte-coreana, exausta das situações que vivia dentro do campo de concentração fugiu para Seul, Coréia do Sul.
Ela é a primeira guarda feminina que relata o que realmente acontece dentro de alguma das prisões da Coreia do Norte. “Falo por me sentir traída pelos meus líderes, quando entrei em Camp 12, eu tinha apenas 17 anos. Eles mentiram para nós, falavam para tratar aqueles prisioneiros como animais, pois para nós não deveriam ser seres humanos”, relata Hye-jin ao jornal Daily Mail.
De acordo com a publicação, Lim conta um relato onde dois irmãos conseguiram fugir do campo, e como punição tiveram sete parentes assassinados. “Quando os acharam, eles submeteram os dois a sessões de tortura, até mesmo outros presos deveriam atirar pedras nos irmãos.” Os irmão foram decapitados. “Houve um chamado para o centro do campo, onde todos tiverem de assistir a cena, como exemplo para aqueles que pensavam em fugir”, afirma a ex-guarda.
O que mais chocou Hye-jin no período em que permaneceu em Camp 12, foram os estupros consecutivos. “A maioria dos presos eram mulheres e crianças.” Quando as mulheres eram estupradas pelos guardas, muitas vezes elas engravidavam, o que obrigava a serem feitos abortos em pleno campo de concentração, as que se recusavam eram mortas por injeções letais. “Não era apenas as injeções que matavam, a grande maioria morria de fome.”
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