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Paraná recebe denúncia e resgata vítima de tráfico de pessoas

O Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas do Paraná regatou uma transexual que foi traficada para o interior do Estado. A vítima chegou ao Paraná, vinda do Nordeste do País, no dia 7 de março. Denúncias levaram o Núcleo a descobrir a casa onde Val

Da Redação

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O Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas do Paraná regatou uma transexual que foi traficada para o interior do Estado. (Foto: Divulgação SEJU)
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O Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas do Paraná regatou uma transexual que foi traficada para o interior do Estado. (Foto: Divulgação SEJU)
Escrito por Da Redação
Publicado em 18.04.2017, 12:04:00 Editado em 18.04.2017, 20:37:19
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O Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas do Paraná regatou uma transexual que foi traficada para o interior do Estado. A vítima chegou ao Paraná, vinda do Nordeste do País, no dia 7 de março. Denúncias levaram o Núcleo a descobrir a casa onde Valéria (nome fictício) era mantida. Além dela, outras 20 mulheres, vindas de diferentes regiões do país, vivem no local. Detalhes da localização da casa e da situação das demais meninas são mantidas em sigilo para não prejudicar as investigações que estão sendo conduzidas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). 

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A vítima conta que saiu do Nordeste no dia 7 de março. A passagem de avião foi comprada pela aliciadora, que se apresentava como Bruna Marquezine. “Ela pagou tudo e me dizia o tempo todo que eu conseguiria tirar até R$ 1 mil por dia de trabalho, que teria alguns custos, mas que ganharia bem mais do que ganhava me prostituindo na minha cidade. Eu não tenho família. Resolvi arriscar a sorte”, relatou.

Quando chegou ao interior do Paraná, Valéria percebeu que havia sido enganada. “Cheguei numa casa precária, suja, com goteiras e várias outras meninas. Era vigiada o tempo todo. O que me salvou foi ter escondido meu celular para tentar pedir socorro”, conta.

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EXPLORAÇÃO – Logo Valéria percebeu que era quase impossível sair da casa. Era preciso quitar uma dívida – que somava R$ 2 mil no dia da sua chegada – para voltar a ser livre. Além disso, tudo o que era consumido na casa era cobrado das meninas: um copo de água custava R$ 2; tomar banho, R$ 15. A dívida crescia diariamente. As meninas eram obrigadas a se prostituírem das 16h até o outro dia de manhã. 

“Se não chegasse com R$ 250 em casa, eles mandavam a gente voltar pra rua”, conta. Segundo ela, eram necessários cinco programas por noite para chegar à quantia. 

Cerca de dez dias depois de chegar ao Paraná, Valéria conseguiu colocar créditos no celular e entrou em contato com uma pessoa que milita pela causa LGBT. Esta pessoa fez a denúncia ao Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas do Paraná.

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O secretário da Justiça, Trabalho e Direitos Humanos, Artagão Júnior, disse que, no mesmo dia em que recebeu a denúncia, o Núcleo acionou a Polícia Civil, a Polícia Federal e o Ministério Público. “É um trabalho delicado, envolve investigação, vários órgãos precisam agir para conseguir libertar uma pessoa de uma situação dessas. Nossa atuação foi a mais rápida possível. Mas para quem está passando por uma situação de cárcere privado, com vários direitos violados, qualquer espera é uma eternidade”, afirmou. 

No dia 3 de abril Valéria saiu para fazer programa e foi resgatada pelo Ministério Público, que providenciou imediatamente abrigo e alimentação à vítima. No dia seguinte ela embarcou de volta para casa.

(Com informações - Agência Estadual de Notícias)

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