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Local da tumba de Jesus Cristo pode desabar a qualquer momento, alertam cientistas

Há alguns meses, após décadas de muitos debates, começaram as reformas no Santo Sepulcro, local que abriga a suposta “cama de pedra” na qual o corpo de Jesus Cristo teria sido colocado depois de morrer na cruz. Durante o período de execução das obras os r

Da Redação

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Santo Sepulcro está em local vulnerável, afirmam cientistas - Foto:  National Geographic
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Santo Sepulcro está em local vulnerável, afirmam cientistas - Foto: National Geographic
Escrito por Da Redação
Publicado em 06.04.2017, 09:46:00 Editado em 06.04.2017, 15:58:38
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Há alguns meses, após décadas de muitos debates, começaram as reformas no Santo Sepulcro, local que abriga a suposta “cama de pedra” na qual o corpo de Jesus Cristo teria sido colocado depois de morrer na cruz. Durante o período de execução das obras os restauradores aproveitaram para fazer uma série de testes com o propósito de descobrir o máximo possível sobre a história do lugar considerado santo por católicos e ortodoxos.

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Conforme Kristin Romey, da National Geographic, após diversos levantamentos e análises,  os engenheiros envolvidos nos trabalhos concluíram que existe um grande risco de que um dos locais mais sagrados do cristianismo entre em colapso e as consequências poderiam ser catastróficas, com o desabamento da edificação com grande significado histórico e religioso.

Local da tumba de Jesus Cristo pode desabar a qualquer momento, alertam cientistas
Foto por Reprodução
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De acordo com Kristin, os engenheiros acabaram de concluir as reformas na Edícula, a pequena capela que se encontra no interior da Basílica do Santo Sepulcro. Esse pequeno santuário abriga os remanescentes de uma caverna que, desde o século 4 (pelo menos), é venerada pelos cristãos como sendo a tumba de Cristo. A última vez que ele havia passado por reparos foi no século 19, após um incêndio danificar o local.

Local da tumba de Jesus Cristo pode desabar a qualquer momento, alertam cientistas
Foto por Reprodução


Túneis e canais podem ceder
No entanto, as análises realizadas durante as obras revelaram que boa parte da Edícula, assim como a rotunda que se encontra ao seu redor, parece ter sido construída sobre as ruínas de estruturas anteriores — e se encontra sobre um extenso emaranhado de túneis e canais que podem ceder. 

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Os arqueólogos acreditam que a Basílica foi construída sobre um local onde, há cerca de 2 mil anos, existia uma antiga pedreira de calcário que, com o tempo, passou a abrigar as sepulturas de judeus da elite. Tanto que só na área ocupada pela igreja, pelo menos seis tumbas foram identificadas — além, é claro, do suposto sepulcro de Jesus. Os restauradores frisam que o lugar foi palco de inúmeras construções e desconstruções ao longo dos séculos.

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Foto por Reprodução

Templo pagão
No ano 70 d.C., Jerusalém foi destruída e, durante a sua reconstrução, Adriano, o imperador romano da época, mandou que um templo pagão fosse construído sobre o lugar que teria abrigado o corpo de Jesus Cristo. Com o fim da perseguição aos cristãos decretado por Constantino no século 4, essa estrutura foi derrubada e, no ano de 326, uma basílica foi erguida para marcar o local de sepultura de Jesus.

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Parcialmente destruída
A basílica foi parcialmente destruída durante as invasões persas no século 7, reconstruída parcialmente e novamente derrubada — juntamente com todas as igrejas que existiam em Jerusalém — pelo califa Al-Hakim no início do século 11. Então, em meados desse século, a igreja foi erguida outra vez e a Edícula foi reformada pelos cruzados; a estrutura voltou a passar por alterações no século 16 e início do 19.

Bagunça histórica
A basílica atual se encontra sobre toda essa bagunça histórica e incorpora várias fases anteriores de sua construção. Os engenheiros acreditam, por exemplo, que tanto a rotunda como o domo que protegem a Edícula tenham sido criados a partir da igreja original de Constantino — e possivelmente do templo pagão romano que havia ali antes.

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Foto por Reprodução

Câmeras robóticas e sistema de radar
Vale ressaltar que os cientistas responsáveis pela reforma usaram câmeras robóticas, sistemas de radar e outras tecnologias para avaliar as condições do local, e descobriram que partes da Edícula se encontram sobre as ruínas de estruturas anteriores ou diretamente sobre o inclinado terreno da pedreira. Os restauradores relatam que a fundação feita de argamassa cedeu devido a décadas de exposição à umidade dos canais de drenagem que estão sob a rotunda.

Alto risco Existem, ainda, outros túneis que correm nas imediações da Edícula e um corredor com aproximadamente 2 metros de profundidade que foi escavado na década de 60 por arqueólogos e fica sob uma laje de concreto que não possui suporte algum — e sobre a qual os visitantes do local formam filas para visitar o sepulcro. Além disso, várias das colunas de 22 toneladas que sustentam o domo da rotunda se encontram sobre uma camada de escombros não consolidados de pouco mais de um metro. 

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Foto por Reprodução

Custo de 6 milhões de euros
Por tudo isso, os cientistas brincam que "o local deve ser sagrado mesmo para não ter desabado ainda". Para resolver tais problemas, os engenheiros propõem a remoção do piso ao redor da Edícula, a injeção de argamassa sobre os escombros que sustentam a fundação e a escavação de uma área de mais de 90 metros quadrados para a instalação de um novo sistema de drenagem. As obras teriam duração de 10 meses e custariam 6 milhões de euros, mas são vitais para a conservação desse local sagrado — e para a segurança dos mais de 4 milhões de pessoas que visitam o Santo Sepulcro anualmente.

As informações e fotos são da National Geographic 

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