É brasileira e do Pantanal o primeiro anfíbio fluorescente do mundo. A descoberta, publicada pela revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences, de que a perereca Hypsiboas punctatus apresenta coloração fluorescente, à noite, abre uma perspectiva emocionante na fisiologia e ecologia visual da rã e no papel da fluorescência em ambientes terrestres.
Possuidoras de uma diversidade de cores, brilhos, e diferentes cantos, não se sabia, até a publicação dessa descrição, da capacidade dos anfíbios de possuir fluorescência, que nos seres vivos terrestres só apareciam, até o momento, em insetos.
A descoberta, feita por pesquisadores argentinos e brasileiros, aconteceu por acaso. O biólogo argentino Carlos Taboada queria saber o porquê da pigmentação vermelha e verde nessa espécie. Após analisar a H. punctatus com uma luz ultravioleta, descobriu-se que em condições onde há pouca luz, a espécie emite um brilho verde muito forte. Na natureza, as pererecas absorvem a luz da Lua.
Os pesquisadores ainda não sabem informar qual a função ecológica desse brilho, mas acreditam que as emissões fluorescentes façam parte da comunicação visual desses anfíbios a fim de atrair futuros parceiros.
A fluorescência normalmente é restrita a certas espécies de peixes, tartarugas e papagaios. Ninguém algum dia havia relatado fluorescência em sapos, isso até uns pesquisadores argentinos decidirem jogar luz sobre umas pererecas com luz ultravioleta e ver o que acontecia. Os pesquisadores ainda não sabem por que a perereca-do-Chaco é fluorescente, mas sua descoberta pode levar a uma maneira completamente nova de estudar anfíbios.
O que é a fluorescência?
Ela ocorre quando algo é atingido por luz, que ela reflete como um tipo diferente de luz. Neste caso, isso são as substâncias químicas na pele das pererecas, a luz que desencadeia fluorescência é de um tipo que nossos olhos não podem ver, ultravioleta, e a luz que a pele das pererecas reflete é visível. O brilho apenas acontece quando a fonte de luz ultravioleta permanece ligada.
Com informações do portal oeco.org.br
Deixe seu comentário sobre: "Pesquisadores brasileiros e argentinos descobrem fluorescência em rã"