Presas da Penitenciária Feminina de Piraquara (PFP), na Região Metropolitana de Curitiba, estão rebeladas e mantêm uma agente penitenciária e seis presas como reféns desde o início da noite desta quinta-feira (8). Conforme informações apuradas até o momento pela Banda B, a agente foi ferida com um corte de caco de vidro no braço. A agressão teria ocorrido no momento em que a equipe de segurança ameaçou entrar. Pelo menos 290 presas estão rebeladas nos pavilhões B e C.
A rebelião teve início quando apenas uma agente penitenciária foi fazer a remoção de presas em um dos cubículos do presídio. Foi então que algumas detentas fizeram a agente de refém junto com outras quatro detentas também rendidas. Equipes do BOPE e uma ambulância do Siate estão na frente do PFP aguardando os negociadores que estão conversando com as rebeladas.
O advogado de algumas detentas, Diego Cardoso, que foi chamado por elas por meio de ligações de celulares, disse do lado de fora da unidade prisional que a rebelião ocorre por conta das condições precárias no presídio, que está superlotado. As presas acrescentam ainda que falta água todos e que há carência de agentes na unidade. Hoje há apenas 12 funcionárias neste trabalho quando seria preciso pelo menos o triplo disso, conforme o advogado.
"Amontoadas"
Diego Cardoso relata também que as presas estão amontoadas, sem nenhuma dignidade. “No dia seguinte ao Dia da Mulher vemos essa situação de abuso e desrespeito. Estas presas estão sendo destratadas, jogadas como se fosse numa caixa, amontoadas dentro de cubículo, sem nenhuma dignidade. Tudo por omissão e descaso do Estado”, completou o advogado.
As negociações para a libertação dos reféns ainda estão em andamento. O Departamento Penitenciário do Estado (Depen) ainda não se manifestou oficialmente sobre a rebelião.
Com informações do portal Banda B
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